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Cinema: Crítica – Mean Girls

A nostalgia bate à porta com o remake musical de Mean Girls, com um elenco renovado e adaptado para o mundo actual, mas é suficiente para justificar trazer o culto de volta?

Mal tinha o milénio acabado de virar, e o cinema da década de 2000 a assentar-se na cultura pop e eis que Tina Fey, ainda ela uma membro do Saturday Night Live, escreveu um argumento baseado num livro para pais, sobre comportamentos adolescentes, que acabaria por se tornar num dos filmes mais icónicos de uma geração: Giras e Terríveis. Duas décadas depois, e eis que a dupla de realizadores Samantha Jayne e Arturo Perez Jr. actualizam o filme para a geração TikTok, desta vez inspirada pelo musical de Broadway, com Mean Girls.

Cady Heron (Angourie Rice) é uma adolescente que após crescer no Kenya, muda-se para uma cidade norte-americana, com toda uma nova vida pela sua frente. Ao integrar-se neste novo ambiente, esta conhece o grupo mais popular da escola, conhecido como As Plásticas, liderado por Regina George (Reneé Rapp), Karen (Avantika) e Gretchen (Bebe Wood). Através de uma série de acontecimentos, Cady torna-se próxima do grupo, num exemplo como as influências adolescentes afectam os jovens.

Considerando que o filme original já fora muito bem recebido pelo mundo, este tem já por si um certo culto à sua volta, onde os mais cépticos poderão temer não só a necessidade deste remake, como a qualidade do mesmo – o filme estava originalmente previsto para estreia no streaming, antes de merecer uma estreia no grande ecrã. Felizmente, Mean Girls é exactamente o que precisamos neste momento em cartaz, ainda como uma espécie de celebração do ano novo.

Em muitos tons de rosa – sempre às quartas-feira, como seria esperado – Mean Girls actualiza a tão celebrada história de Cady, com um elenco renovado, mas com toda a atitude moderna. O mundo mudou e isso é reflectido na própria narrativa. Vindo de uma altura em que telemóveis entre jovens ainda eram uma novidade, hoje os smartphones e as redes sociais dominam o nosso dia-a-dia, e o novo argumento de Tina Fey integra todas as mudanças do nosso quotidiano de uma forma muito orgânica. Mantido, foi a irreverência juvenil e toda a comédia que fez com que o filme original fosse venerado.

Como se não bastasse, o aspecto musical oferece algo novo para os fãs e a oportunidade de ganhar alguns novos no processo, com as músicas a carregarem bem a narrativa e a fazerem a ligação entre os muitos momentos do filme, enquanto acabam por ser bastante memoráveis.

Assim, Mean Girls é uma nova versão que é recebida de braços abertos, recapturando tudo o que amamos sobre o filme original e dar-lhe uma reviravolta para o público moderno, feito de uma forma pensada e muito divertida.

Nota Final: 8/10

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