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BD: Crónica – Quarteto Fantástico – One Big Clusterf*ck da Marvel

O Quarteto Fantástico foi a primeira equipa de super heróis criada por Stan Lee e Jack Kirby, na longínqua década de 60. Por isso, há muito para contar e espero que me acompanhem nos próximos parágrafos enquanto abordo uma das séries que revolucionou a forma de contar historias aos quadradinhos e que deu origem ao “Método Marvel”. [fbshare]

fantastic four #1E perguntam vocês: o que é o Método Marvel e como foi criado? E eu respondo: há muitos anos, ainda no século XX em que não não se ouvia falar de internet e o Central Comics ainda nem existia, Stan “The Man” Lee escreveu uma sinopse que entregou a Jack Kirby, que por sua vez desenhou todas as páginas da revista e depois deixou Lee adicionar os diálogos e as janelas de texto.
(É obvio que viviam na mesma cidade e a moda de artistas e argumentistas viverem em estados ou continentes diferentes ainda não tinha pegado…. coisas do século passado…. baahh…)

Este formato, dava mais liberdade ao artista, que apenas recebia algumas indicações sobre a direcção da história e teve tanto sucesso que ainda hoje há quem use o Método Marvel na escrita de comics. Como tudo o que é bom, pode ser melhorado, podem ver aqui um exemplo actual de um script da série NEW AVENGERS DISASSEMBLED #25 escrito pelo Brian Michael Bendis.

A inspiração para esta série veio de um outro título que vendia bem na altura e que talvez, vocês conheçam, chamava-se The Justice League of America. No entanto Lee e Kirby queriam fazer algo diferente e Stan Lee conta que pretendia que a revista Fantastic Four contasse histórias que ele próprio gostasse de ler, com personagens de carne e osso, com as suas falhas e fraquezas e com as quais ele se pudesse relacionar e criar uma relação de empatia. Mais importante do que isso, essas personagens deveriam ter “pés de barro” mesmo dentro dos seu fatos de super-heróis. Lee descreveu-os como sendo “heroes with hangups“.

fantastic four

O sociólogo Bradford W. Wright (1) descreve esta equipa como sendo uma mistura volátil de emoções humanas e personalidades. Apesar das suas desavenças eles sempre funcionaram bem como equipa.
(1) Wright (2001). Comic Book Nation. p. 205.

Haviam ainda mais 2 características que o quarteto fantástico:

  • Foram os primeiros heróis de comics cuja identidade era pública
    • As personagens desta série não usaram uniformes nas 2 primeiras revistas.
  • Frequentemente tinham discussões entre si (o que, tendo em conta as características dos elementos deste grupo, não é de estranhar – mas chegaremos a isso mais adiante)

O Lobo Mau

A constituição deste grupo tem sido mais ou menos constante ao longo dos últimos 50 anos.

  • Mister Fantastic ou Senhor Fantástico (Reed Richards) – um génio que consegue esticar e moldar o seu corpo, mas que se sente culpado pelo acidente que transformou esta equipa de heróis, particularmente o que aconteceu ao Ben Grimm.
  • Invisible Girl/Invisible Woman ou Mulher Invisível (Susan Storm) – tem a capacidade de se tornar invisível e gerar campos de força. É a esposa de Reed Richards, a mãe do Franklin e da Valeria , a irmã do Johnny Storm (e para mim a personagem mais fascinante desta equipa mas que nunca tem espaço suficiente para mostrar isso).
  • The Human Torch ou Tocha Humana (Johnny Storm) – adolescente e imprudente com a capacidade de controlar o fogo e voar.
  • The Thing ou Coisa (Ben Grimm) – foi transformado num monstro laranja com super-força. É uma personagem com muita raiva, ódio de si mesmo e autocomiseração sobre sua situação, mas esconde tudo isso debaixo daquela pele dura como pedra.

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Em Novembro de 2011 a Marvel celebrou o 50º aniversário de Fantastic Four publicando a revista #600 com 100 páginas, isto depois de em 2005 ter atingido a marca de 150 milhões de comics vendidos com a presença deste quarteto.

Ao longo da ultima década as histórias deste quarteto tem vindo a ser escritas por Mark Waid, J. Michael Straczynski, Mark Millar, Jonathan Hickman e mais recentemente Matt Fraction que a partir de Fevereiro de 2014 vai entregar o seu “legado” a James Robinson e a Leonard Kirk (desenhador).

Tenho que reconhecer que a série Fantastic Four não é muito apelativa para quem não a acompanha. Eu próprio senti-me pouco motivado a pegar nela e apenas fiquei fã deste universo depois de ler a run completa do Hickman.

A run de Jonathan Hickman caracteriza-se por ter uma dimensão épica que abrange e influência quase todo o universo da Fantastic fourMarvel.
Nas revistas Fantastic Four e Future Foundation (FF) vemos Johnny Storm a morrer para salvar a nossa realidade, a ser substituído pelo homem-aranha, conhecemos os planos de múltiplos Reed Richards (de varias realidades paralelas) e acompanhamos um Doctor Doom a desempenar um papel fulcral no desenrolar de toda a história.

Sentimos a grandiosidade épica e cósmica do que esta a ser contado, mas não só.

Hickman vai deixando pistas para o que pode acontecer no futuro e com isso vai espicaçando a curiosidade do leitor.
Seguiu-se Matt Fraction, que começou muito bem. Na altura escrevi a crítica ao FF#1 e estava maravilhado com o o potencial do que estava a ler. Um ano depois a perspectiva mudou muito. É obvio que Fraction pegou no que Jonathan Hickman lhe deixou e meteu no caixote do lixo, também é claro que a Marvel quis afastar estas personagens do “palco central” e retirou-lhes visibilidade e importância ao excluí-los de todos os eventos que tem vindo a planear (maioritariamente relacionados com os X-Men). Matt Fraction tem sido extremamente inconsistente ao longo dos últimos meses e é capaz de ter uma revista de qualidade elevada seguida de outra de uma qualidade medíocre (conforme abordei na cronica da série Hawkeye). A série FF parece uma revista desnecessária e fútil, sem grande profundidade e sem se preocupar muito com o que vai acontecer a seguir.

Existe um choque entre uma realidade em que Fantastic Four e Future Foundation (FF) estavam a ser escritos com visão de futuro e esta realidade pequena em que o quarteto fantástico e restante família andam entretidos nas suas aventurazinhas…..
Nota-se muito a minha azia?

Dito de outra forma: há o universo Marvel e lá num canto estão as personagens desta duas revistas a fazer umas coisas.

Curiosamente ambas as revistas sofrem de um efeito que eu já tinha abordado na crónica da Batwoman (aqui) – ambas tem um grande sucesso crítico, mas um fraco (muito fraco) desempenho em termos de vendas.

  • Fantastic Four v5 #1 – vendeu 114,532 cópias e o número seguinte desceu para – 58,421 unidades e no último mês vendeu 31,426 unidades. Teve uma queda de 26.2% nos últimos 6 meses, 11.2% no último ano e 40.8% nos últimos 2 anos
  • FF v2 #1 – vendeu 80,701 e actualmente vende 25,443 unidades, com uma queda de 26.5% nos últimos 6 meses, 14.8% no ultimo ano e 52.1% nos últimos 2 anos

137685-76690-fantastic-four_superHá 2 anos, as revistas deste universo vendiam quase o dobro do que vendem actualmente e tendo em conta este falhanço não é de estranhar a mudança de equipa criativa. Até porque Matt Fraction tem andado muito ocupado com o novo evento da Marvel – Inhumans.

Era expectável uma mudança de direcção e não foi surpreendente que a partir de Fevereiro de 2014 a revista passe a ter uma nova equipa criativa.

No entanto este anúncio tem várias surpresas, nomeadamente no que toca à equipa criativa e ao preço (previsto) da revista.
Mas comecemos por analisar o preço: pelos vistos a nova revista vai custar 3.99USD, que parece a nova moda da Marvel (e que já abordamos na crónica da Black Widow).
A série FF foi cancelada e apenas se vai manter a Fantastic Four que passa a ser escrita por James Robinson e desenhada por Leonard Kirk.

Há pouco fiz uma pergunta sobre o Método Marvel e depois respondi, mas agora só posso fazer a pergunta e esperar que algum me ajude a responde-la:

Quem é o James Robinson?

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Mark Waid, J. Michael Straczynski, Mark Millar e Jonathan Hickman são escritores com carreiras recheadas de sucessos e é praticamente impossível um fã de BD nunca ter lido uma obra destes escritores. Mas o mesmo já não se pode dizer de James Robinson.

Não é minha intenção menosprezar este escritor e ficarei certamente muito feliz se ele me surpreender e se a nova série for um sucesso. Mas esta política da Marvel, é muito discutível.
Estamos a falar de uma revista que já teve vendas regulares superiores a 60 mil unidades por mês (há 2 anos), o que significa que tem uma base de fãs assinalável e que merece um escritor com créditos firmados (como os anteriores).

Além disso enquanto Hickman escreveu as revistas deste universo foram sendo deixadas pistas sobre acontecimentos que iriam acontecer no futuro e os planos mais recentes apontam para que tudo o que foi prometido aos leitores não vai ser sequer abordado.

No fundo, assistimos a uma desvalorização deliberada destas personagens e ao afastamento delas do “palco principal” e dos grandes eventos desta editora.

E tu já leste alguma revista desta série? Partilha connosco a tua opinião!

@Nelson Vidal

 

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13 thoughts on “BD: Crónica – Quarteto Fantástico – One Big Clusterf*ck da Marvel

  1. Alegar desconhecimento em relação ao nome sugerido como sendo uma mostra de má política por parte da marvel na escolha do escritor revela, isso sim, desconhecimento do cronista em relação a um escritor com créditos firmados que já ganhou 3 Eisner e foi “criador” da versão moderna do Starman!
    Lá porque não faz parte do grupo de escritores que estão na moda, não significa que a Marvel esteja a tomar más decisões ao entregar este título a uma pessoa com uma carreira maior do que a maioria dos autores referidos.

  2. Eu li a run do Hickman e de uma forma geral ele fechou quase todas as pontas soltas… principalmente do Franklin e da Valeria Richards (Future Foundation), do Nathaniel Richards e do Council of Reeds. Essa sempre foi a espinha dorsal da run do Hickman. O resto, como se pode ver ao longo da run, pode ou não acontecer… o futuro o dirá, tanto mais que eles conseguiram alterar o que já estava predestinado!

  3. E já agora… sabes mesmo quem é o James Robinson? Starman diz-te alguma coisa? Golden Age? Justice Society of America? A carreira do Robinson foi quase toda ela feita na DC Comics, mas é sobejamente conhecido no mundo dos comics. Starman é épico… se algum dia o Hickman ou o Millar escreverem run tão longa e com tanta qualidade, poderemos metê-los no mesmo patamar, sem dúvida. A run do Millar variou entre o bom e o medíocre em apenas 16 (!) números. A run do Hickman foi mais longa, mas houve alturas… secantes! Toda a run foi porreira, mas tinha demasiadas variáveis, umas mais interessantes que outras… houve alguns pontos altos, e muitos que simplesmente se dispensavam… just my opinion!

  4. Olá Head-Jam, Diogo Campos e Jack Staff
    Obrigado pelos vossos comentários!

    Head-Jam,
    podemos concordar que todos temos poucos comics (relativamente ao que gostávamos de ter)? 🙂

    Diogo Campos,
    Antes de começar a escrever esta crónica vi atentamente o currículo do James Robinson (nem seria aceitável escrever sobre alguém que desconheço) e a minha questão sobre “quem é o James Robinson” não é literal nem prende demonstrar falta de respeito por ele, pela sua obra ou pela admiração que os seus leitores têm por ele. A intenção é focar um aspecto que me parece relevante: os escritores anteriores desta são, ainda hoje, autores muito bem sucedidos e com varias revistas icónicas que não podemos negligenciar. E sim, São estrelas!
    Quando a Marvel passou do Hickman para o Fraction fez uma transição entre 2 escritores que estão “na crista da onda”. Mas na transição de Fevereiro de 2014 vai fazer algo substancialmente diferente que é mudar de um escritor que esta no top para outro que tem passado despercebido durante os últimos anos. Earth 2 não é exactamente um sucesso de vendas e de crítica. E sim, eu li a série (e tive que deixar de ler pq não fiquei fã).

    Aquilo que tento expor no texto é que a Marvel comete (á partida) 2 erros: 1º É o erro de nomear um escritor q não será reconhecido pelos leitores mais novos (e que provavelmente nunca leram Starman Golden Age ou Justice Society of America). 2º É o erro de cobrar 3.99USD por esta revista (q á partida vai afastar vários leitores)

    Outra ideia que quero frisar é que desejo que a run dele seja muito bem sucedida.

    Jack Staff,
    É um facto que o Hickman fechou muitas pontas e caminhos que tinha criado para esta série. Mas se te recordares da ultima revista da run dele houve uma porta (para outro universo ou quase) que ele deixou aberta. Essa revista foi sobre o futuro do Franklin.
    Além disso a Valeria foi sempre uma personagem que esteve entre o seu presente e o seu futuro (somos fãs desta serie por isso acho que não preciso de me alongar nesta frase, certo?) e também ai há muita coisa para desenvolver que o Matt Fraction ignorou e que (ao que tudo indica) o James Robinson tb não vai usar.
    Podes argumentar que estou a falar dos filhos de Reed e da Susan Storm, mas eles já são parte integrante da serie, e em certa medida tornam esta serie ainda mais interessante.

    Mais uma vez obrigado pelos vossos comentário e pela oportunidade de falarmos mais um pouco sobre um dos assuntos de que mais gosto (outro é o FCPorto, mais isso fica para outra altura) 🙂

  5. …o preço é mesmo a única coisa que afastará leitores à partida! Para conheceres o James Robinson, terás de ler o Starman! E penso que a forma como escreve adapta-se não só a Fantastic Four, como também aos Invaders (que também irá escrever).

    Boa questão a do Reignfire… escreveu Secret Warriors, que não achei nada por aí além. O Nightly News que foi adorado pela crítica, mas eu não gostei. As minis SHIELD para a Marvel, que ficou por terminar. Não são sucessos por assim dizer! Teve muito relevo com o Bendis nos primeiro números de Secret Warriors…

    O Hickman planeia os seus títulos a médio-longo prazo, e isso às vezes prejudica as histórias no “momento”. Também não sou a favor dos arcos de 6 números, para o trade, mas a forma intensa como ele planeou Secret Warriors e Fantastic Four, acabou por afastar muitos leitores no longo prazo. As vendas de Fantastic Four e FF também não eram as melhores nos últimos números, pelo que me recordo…

    Saudações portistas!

  6. Eu estava a fazer uma pergunta de retórica. O que eu queria dizer, é que referiu-se que Hickman foi uma escolha positiva por ser considerado um argumentista “da moda”, mas pelos vistos antes de Fantastic Four, não era assim tanto da moda, pois também não estava fazer títulos de topo. O mesmo digo do Rick Remender que antes de fazer Avengers e Captain America, também fazia títulos de segundo plano.

    O James Robinson esteve ainda à pouco tempo à frente de 2 títulos de topo da DC: Justice League pré-Novos 52, no qual acho que não foi muito feliz. Ao contrário do que aconteceu com Superman pré-Novos 52, na longa saga da Nova Krypton.

  7. Aliás, eu sou defensor de que de vez em quando se devem apostar em nomes ou pouco conhecidos ou mesmo desconhecidos. Porque é sempre um bom motivo pra dar o benefício da dúvida. Por exemplo quando saiu Geoff Johns de Green Lantern, defendi que fosse pra lá um desconhecido e assim aconteceu, apesar de não saber se esta nova fase vale a pena. Já quando soube que Jeff Parker e Greg Pak substituíram Geoff Johns e Grant Morrison, em Aquaman e Action Comics, respetivamente, fiquei desiludido, pois na minha opinião, estes substitutos são medianos.

  8. o hickman podia não ter tido nenhum bestseller antes dos fantastic four, mas estava a ter críticas bestialmente fantásticas com os seus títulos na Image e se nem todos os fãs podiam ter lido alguma coisa de sua autoria, a maioria que lê sites tipo CBR e assim, já tinha “ouvido” falar dele, e muito bem.
    Quanto ao Robinson de facto fez muito e bem no passado, mas que já começa a ficar distante. os tempos dourados dele já foi há muito…

  9. Rick Remender escreveu o Uncanny X-Force, que ficou a anos luz em termos de crítica do Secret Avengers. Quem leu, sabe do que estou a falar… e pela Image escreveu Fear Agent, que por sua vez também é muito superior a qualquer coisa escrita pelo Hickman na mesma altura na Image (just my opinion). Depois escreveu Punisher, Frankencastle (!), e os primeiros números de Venom, que também são muito porreiros. O Hickman escreveu também algumas coisas do universo Ultimate que não foram grande coisa em termos de crítica (medíocres mesmo).

    É tudo uma questão de gostos… entre Hickman e Remender, prefiro o segundo. Mas atenção que a saga de Infinity tem sido muito boa… principalmente a interligação entre Avengers e o título principal da saga.

    Saudações portistas!

  10. Sou o unico que acha q a Sue Storm é a personagem mais interessante desta equipa?

    Não menosprezando as outras personagens, acho que ela é a unica que é verdadeiramente singular e inovadora. Se olharnos para as outras 3 parece-me que existem alguns elementos esterotipados: O Reed – homem hiper inteligente, o Torch – adolescente imprudente e o The Thing – que é a força bruta e gosta de andar á porrada.

    Individualmente estas 3 personagens parecem-me pouco distintivas, mas como grupo já tem funcionam muito bem como FAMILIA e acho que ganham muito com isso, e a sue é tb a “cola” que torna tudo mais plausivel.

    Objectivamente, olhando para o que o Hickman escreveu para a Image não vejo títulos que eu recomende avidamente. Li quase tudo e gostei da forma complexa como ele aborda as suas histórias mas não o suficiente para achar que são obras de arte universais.
    Os livros dele têm sempre um subtexto muito elaborado e parece que remetem para algo maior do que a história que ele conta, sendo que existe sempre mais qualquer coisa a acontecer.

    Nos primeiros trabalhos ele também desenhava e eu fiquei fã dos desenhos dele. É com pena que vejo que ele não há-de voltar a desenhar tão cedo.

    No entanto toda esta complexidade não significa que tudo o que ele escreve seja extraordinário. Tb acho que o The Nightly News é fraco. Parece que ele tenta fazer demasiadas coisas e como leitor senti-me um pouco perdido.

    Por outro lado, na sua Run do Quarteto Fantastico acho que tinha “muitos pratos no ar” (ou muitas linhas de história que podia seguir) e o facto de ter um editor para “aparar” algumas ideias dele acabou por leva-lo a focar-se mais em alguns aspectos, e tambem por este motivo acho a a mudança para a Marvel foi benéfica.

    Tambem é um facto que alguns autores tem sempre boa critica mas isso não significa que o seu trabalho seja reconhecido na mesma medida pelo publico que lê e paga acompanhar as suas revistas.

    Agora reparem na piada dita por quem escreve isto: um critico quando escreve algo sobre uma revista vê-se obrigado a pensar mais tempo e mais aprofudademente sobre essa revista/serie (afinal de contas tem que ter alguma coisa interessante para dizer) mas é sempre uma perpectiva individual influenciada por gostos e pré-conceitos e outras coisinhas pequenas que as vezes nem parecem importantes para quem lê a revista e a critica. Às vezes acontece uma coisa interessante que é estar a escrever sobre uma revista mediana, mas de repente o critico poem-se a pensar no que esta a escrever e diz “PÁ!! Isto é melhor do que eu pensei quando li esta cena” (as vezes tb pensa o contrario) 🙂

    Alias , enquanto escrevi o texto principal apercebi-me que estou furioso com o Matt Fraction. A run dele é demasiado inconsequente e inconsistente. Tem revistas em que não se percebe se existe alguma ligação ou arco de historia a ser contada. Lembro-me de ler algumas revistas e ficar maravilhado pq tem ali qq coisa que pode ser desenvolvida e no mes seguinte a historia já é outra e nao parece haver qq fio de ligação entre tudo.

    Por isso é necessario que o leitor saiba enquadrar bem o que esta a ler, até pq existem alguns criticos fanhosos (!!! :)) que só gostam de deitar abaixo sem qq motivo ou sem qualquer preocupação em pensar ou pesquisar sobre o assunto.

    Abraço!

  11. “Did you know that Marvel will be releasing 70 books in February? In addition to trades and 2 books from their imprint Icon. “

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