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Troféus Central Comics Renovados

Este parece ser o ano para começos de fresco no mercado da BD. Com os IX Troféus Central Comics a começar em breve, é com prazer que divulgamos uma novidade que a organização do evento tem vindo a preparar – a renovação dos TCC!

 

Originalmente sugerido pelo júri Pedro Cleto (crítico do Jornal de Notícias) numa versão mais radical, inspirada nos prémios de BD de Angouléme, a renovação dos Troféus Central Comics (TCC) agora efectuada trás mudanças com vista a melhor adaptar o evento ao actual mercado e a incutir maior competitividade entre os candidatos.

Em suma, os Troféus emagrecem de doze para oito prémios e em simultâneo várias categorias são permutadas ou rebaptizadas. Assim, doravante temos os prémios: Melhor Publicação Nacional (TCCN), Melhor Publicação Estrangeira (TCCE), Melhor Publicação Clássica (TCCN), Melhor Publicação Independente (TCCI), Melhor Publicação Humor (TCCH), Melhor Publicação Técnica (TCCT), Melhor Obra Curta (TCCO) e Melhor Autor (TCCA). O costumeiro Troféu Especial do Júri (TCCJ) permanece como categoria extra concurso, atribuída em exclusivo pelo júri.

 

Porquê renovar?

Os Troféus Central Comics nunca esconderam a vontade de se adaptarem à realidade do mercado que visam exaltar. Contínuas alterações à estrutura do concurso têm sido feitas a espaços, ao longo dos quase dez anos de existência, motivadas na maioria dos casos por faltas de produções num determinado segmento. Porém, à medida que o mundo e mercado mudam, mais necessárias se tornam as mudanças, razão pela qual o júri procedeu a esta alteração drástica – bem a tempo de projectar os TCC numa nova década.

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As motivações por trás da manobra são de tornar o concurso menos expansivo – menos categorias, mas prémios mais pertinentes face à presente oferta no sector, o que garante maior competitividade entre as obras candidatas – e também mais português – no sentido de dar maior ênfase aos nossos criadores, do que resulta a eliminação dos prémios a autores estrangeiros. Em paralelo, visou-se também tornar o concurso menos exigente aos leitores votantes, apresentando menos categorias por deliberar.

 

Novas categorias, à lupa

Eis os casos mais relevantes: a Melhor Publicação Clássica (TCCC) surgiu da necessidade de reconhecer a tendência para reedições e versões redux que representam actualmente 1/3 do total de edições anuais, via tiragens de luxo e colecções distribuídas com periódicos, e cuja propagação tem tido reflexo não só nas categorias doutros concursos internacionais mas também por cá.

A nossa abordagem foi de criar uma barreira temporal e separar obras com mais de vinte anos das restantes, pois se a excelência daquelas for inegável e merecedora de distinção, seria por outro lado falacioso comparar as duas – obras clássicas e novidades – e igualmente injusto que tal barre obras recentes de atingir igual estatuto de reconhecimento, mediante consagração pelos leitores.

Também a Melhor Publicação Independente (TCCI) responde a uma problemática: o crescente surgimento de pequenos selos editoriais e auto-edições, facilitadas pelos acessíveis sistemas de impressão Offset Digital e PoD (Print on Demand) que pululam hoje em dia. Não só estas produções reflectem uma evolução de produções tipo fanzine e prozines, não sendo portanto equilibrado continuarem a competir junto destas, como por outro lado continuaria a ser irrealístico que obras de tiragens limitadas – usualmente entre 100 a 200 exemplares – e de escassa distribuição, competissem com álbuns por editoras de maior calibre, que atingem as mil ou mais cópias por título e podem ser obtidas e apreciadas desde comuns livrarias de bairro a grandes superfícies.

 

Simultaneamente, foi decidido que o sector fanzinista actualmente não justifica a manutenção desta categoria. Não só pelo êxodo de autores e fan-editores para passarem a editar obras “independentes”, via offset digital, o que reduziu drasticamente o número de fanzines produzidos, mas também pela distribuição (usualmente assentes em presenças em feiras, agora também menos frequentes) ser insuficiente para chegar ao grande público, a julgar pela menor quantidade de votantes que intervêm nesta categoria conforme temos observado nos últimos anos.

Será isto sinal da “morte” dos fanzines, tal como os conhecemos? Não sabemos. Mas caso este segmento recupere, consideraremos reinstituir a categoria Melhor Fanzine nos TCC. Até lá, fanzines cujas características os permitam ser considerados para TCCI passam a concorrer como “Independentes” e, de forma mais parcelar, poderão ainda ter representação em Melhor Obra Curta.

 

Já a nova categoria Melhor Autor (TCCA) surge como fusão de vários prémios focados em criadores e passa a destacar apenas talentos nacionais. Sendo o TCC um evento português, damos nele primazia aos nossos autores, deixando a excelência dos talentos estrangeiros para ser destacada noutras categorias, via as obras editadas.

Ademais, este prémio passa a ser partilhado por artistas e escritores, visto que o foco estará na obra produzida per se; ou seja, será Melhor Autor o individuo que assine por completo a obra ou então a dupla/equipa criativa responsável por esta. Contudo, ressalva-se que a consagração é estendida só aos “protagonistas” do trabalho, nomeadamente escritores e desenhadores, excluindo-se da menção colaboradores ou assistentes como arte-finalista, colorista, balonista, editor etc.

 

Além da descontinuada categoria Melhor Fanzine, também os prémios Melhor Editora, Revista e Projecto em BD são eliminados, pelos mesmos motivos acima frisados.

 

Novos estatutos

Acompanhando a transformação do TCC, foram redigidos novos estatutos nos quais assentar o regulamento. O documento estará, como sempre, acessível ao público.

 

Networking do TCC

Nunca antes disponibilizada na integra, a lista de premiados nos TCC e respectivo historial do evento passará a estar disponível em detalhe num sítio próprio na net – a criar em breve – e também na Wikipédia – para já, apenas em Português e Inglês – e Facebook, onde passará a haver divulgação das novidades alusivas ao concurso, em paralelo com o CentralComics.com.

 

Júris do TCC

Permanecem como jurados: HUGO JESUS, co-fundador e administrador do Portal Central Comics, também letrista e argumentista de BD; DANIEL MAIA, ilustrador e autor de BD, e também editor da Arga Warga Edições; PEDRO CLETO, critico e jornalista no Jornal de Noticias, e blogger de As Leituras do Pedro; NUNO AMADO, coleccionador e blogger de Bongop – Leituras de Banda Desenhada; e PEDRO VIEIRA MOURA, critico, pedagogo e argumentista de BD, também blogger de LerBD e co-coordenador dos projectos série documental VerBD e exposição Tinta nos Nervos.

 

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