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Quais as principais ferramentas para uma escrita eficaz

Escrever (e falar) corretamente é essencial para uma comunicação assertiva, eficaz e clara. Se, numa conversa oral, os mal entendidos podem ser dissipados através do diálogo, na escrita vale o que está escrito e mal-entendidos, por erros de diversas formas, podem ter consequências penosas.

A escrita eficaz não é só útil ao estudante, na entrega de trabalhos ou em exames e provas, é também necessária, no cotidiano dos trabalhadores administrativos, jornalistas, publicitários, influencers ou de outras áreas, cuja escrita tem um papel fundamental.

Um contador de caracteres, por exemplo, é um recurso indispensável para escritores técnicos e de conteúdos, que devem obedecer a um limite de palavras.

Listamos, abaixo, algumas das principais ferramentas e métodos a adotar para um escrita (ainda mais) eficaz:

  1. Leitura e releitura

A escrita pode ser aperfeiçoada por meio da leitura. Neste caso, falamos tanto em ler livros ou outras publicações e ler o que se escreve.

Quanto à leitura de livros, esta é uma ajuda preciosa para aprender novas palavras, verificar como se escrevem alguns termos, sanar dúvidas quanto a conjugações de verbos e construções de frases. É uma relação de causa / efeito: mais leitura (atenta) leva a um vocabulário apreendido mais extenso e a uma escrita aprimorada. E não estamos falando apenas de grandes clássicos da literatura, novelas gráficas, banda desenhada ou livros de autoestima são igualmente ótimos para aperfeiçoar a escrita. O importante é ler.

No que diz respeito a ler e reler o que se escreve, esta etapa é fundamental para detetar erros e corrigir falhas aquando da escrita. Não é à toa que um livro, por exemplo, antes de ser publicado, passa pelo editor, por um ou mais revisores, pelo escritor de novo e pelo revisor mais uma vez. A cada leitura, vão surgindo alguns erros, sejam eles erros de digitação ou  erros gramaticais, que só uma boa revisão pode assinalar e corrigir.

  1. Corretor automático

Se a escrita é digital, mesmo que seja posteriormente alvo de revisão, passar o texto pelo corretor automático, para verificar a ortografia e a gramática, é uma ótima forma de verificar erros, em particular os causados pela digitação.

Alguns corretores não se limitam a apontar os erros, mas dão dicas úteis de posicionamento de palavras e sugerem diferentes construções de frases, em função do tipo de texto.

  1. Dicionários e glossários

Os dicionários e glossários, sejam eles físicos ou digitais, são uma das formas de tirar dúvidas, não só quanto à definição do termo, mas como seu uso mais corrente, com sinônimos e antônimos, am alguns casos, e com exemplos elucidativos de como e quando empregar determinada palavra.

As sociedades atuais vivem, por força de muitas circunstâncias, cada vez mais ligadas ao digital. Não estamos só falando dos alunos que estudam à distância, mas também dos mil e um aplicativos que nos facilitam a vida e das ferramentas e recursos digitais que nos auxiliam no dia a dia.

Se esses recursos e ferramentas forem usados para o aperfeiçoamento, neste caso da escrita, não devemos ter preconceitos em utilizá-los. Alguns apontam as ferramentas digitais como “emburrecimento” da civilização, porém, se os avanços tecnológicos permitiram o aperfeiçoamento pessoal, qual o mal em tirar vantagem ou usar isso para melhorar?

Ainda antes do uso dessas ferramentas que (por enquanto) não escrevem por si só, uma escrita eficaz passa pelo emissor. Cabe a ele estruturar o texto, escolher as palavras mais adequadas, definir qual a mensagem que quer transmitir. Esse trabalho implica pensamento, clarificação de ideias, esquematizações e organização de pensamento.

A escrita é um exercício que se aprimora com a prática. Ninguém nasce ensinado. E não estamos falando de escritores ou outros autores que aliam a prática a um dom de escrita, talvez inato.

Qualquer pessoa pode aprimorar sua escrita, através de escrita intensiva, de leitura assídua, de concentração e de síntese. É verdade, a síntese pode ser um ótimo aliado numa escrita eficaz. Quando se pretende transmitir uma mensagem clara e incisiva, se o texto for demasiado extenso ou repleto de divagações, é provável que o recetor da mensagem não tire as devidas ilações do conteúdo.

Em suma, uma escrita eficaz resulta do trabalho que a antecede. Ainda que a posterior o texto possa ser checado, corrigido, visto e revisto, através de ferramentas computacionais, a base da escrita está na planificação.

Por outras palavras, qual o intuito da mensagem? Para responder a estas questões, devemos definir o propósito do texto, o tipo de linguagem e o público alvo. Aliar estes itens à coerência, clareza e unidade do texto são  elementos essenciais para uma escrita que cumpra exatamente o seu propósito.

Não existem fórmulas mágicas e cada redator vai, ao longo dos anos, encontrando a “sua voz” na escrita, em função do seu objetivo. Mais do que escrever muito (e, muitas vezes não dizer nada), o importante é escrever bem, de uma forma coerente e compreensível.

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