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MOTELX 2020: O terror regressa a Lisboa, mas em segurança

O terror volta a Lisboa em Setembro, mas de uma forma muito diferente daquele que vivemos no nosso dia-a-dia, com o MOTELX a adicionar dois dias extra na sua programação, para que os visitantes possam desfrutar do cinema em segurança, com sessões mais espaçadas e de lotação reduzida.

Foi assim anunciado ontem, durante a conferência de imprensa, da 14ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que irá decorrer no Cinema São Jorge, de 7 a 14 de Setembro.

Os primeiros filmes anunciados destacam a nova vaga do cinema de terror feminino, com estreias como Saint Maud, de Rose Glass, sobre uma enfermeira devota que se torna perigosamente obcecada em salvar a alma de seu paciente que está a morrer, contando com o selo da A24; Relic, de Natalie Erika James, sobre uma família a lidar com as consequências de uma manifestação da demência; e The Trouble with Being Born, de Sandra Woliner, que aborda uma nova visão do clássico Pinóquio numa era moderna e que causou controvérsia no último Festival de Berlim.

Na secção Serviço de Quarto ainda podemos contar com filmes como Butt Boy (Tyler Cornack), La Llorona (Jayro Bustamante), The Intruder – El Prófugo (Natalia Meta,  Sanzaru (Xia Magnus). O antecipado regresso de Takashi Miike também irá estar no MOTELX deste ano, na forma de First Love, no que é 104ª longa-metragem do prolífico realizador japonês.

Enquanto isso, Darkness (Buio), de Emanuela Rossi é, de momento, o único filme anunciado para a competição do Prémio Melhor Longa de Terror Europeia / Méliès d’argent.

No DocTerror, para já, podemos ver Scream, Queen! My Nightmare on Elm Street, um documentário marcante sobre Mark Patton e o seu papel como o primeiro Scream Queen masculino, em Pesadelo em Elm Street II, considerado hoje como um clássico do cinema LGBT.

Em Pesadelo Americano: O Racismo e o Cinema de Terror, foram selecionadas para esta Retrospectiva sete obras precursores do movimento Black Lives Matter, cujo olhar crítico propõe um acerto de contas com a história. São eles: The Intruder (Roger Corman, 1962), ), Ganja & Hess (Bill Gunn, 1973), O Cão Branco (Samuel Fuller, 1982), Os Prisioneiros da Cave (Wes Craven, 1991), O Assassino em Série (Bernard Rose, 1992), Tales from the Hood (Rusty Cundieff, 1995) e Foge (Jordan Peele, 2017).

A secção Quarto Perdido deste ano, intitulada Pedro Costa – Filmar a Trevas, irá trazer o realizador português até ao festival onde abordará em conversa a sua declarada afinidade com o universo do terror e do fantástico e serão exibidos os filmes Ne Change Rien (2009) e Cavalo Dinheiro (2014).

Finalmente, o MOTELX em 2020 aposta num novo programa, dedicado às Curtas Experimentais, onde iremos ver narrativas alternativas que usam técnicas revolucionárias para criar novas linguagens e pesadelos transcendentais. Também serão vinte as Curtas Internacionais em exibição.

Em falta estão os nomeados para o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa / Méliès d’Argent, que serão anunciados no próximo mês, que devido à disrupção causada pela pandemia, o prazo de inscrição na competição foi prolongado até ao dia 2 de Agosto. A restante programação também será anunciada em breve.

Como sempre, o Warm-Up MOTELX irá aterrorizar Lisboa já no dia 3 de Setembro, onde o Convento de São Pedro de Alcântara irá acolher A Mulher-Sem-Cabeça, uma performance/concerto a partir de um texto de Gonçalo M. Tavares com ilustrações ao vivo de António Jorge Gonçalves e voz do MC Papillon.

Na noite seguinte, o Espaço Brotéria é palco de um jantar encenado a partir de um texto de Fernando Pessoa praticamente desconhecido do grande público: Um Jantar Muito Original (do semi-heterónimo Alexander Search). Um projecto que recria o lado mais negro de Pessoa e que conta com supervisão artística de Albano Jerónimo e a estreia em encenação de duas estudantes de teatro e cinema, Matilde Carvalho e Rita Poças.

Por fim, dia 5 traz a muito aguardada sessão de cinema ao ar livre no Largo Trindade Coelho, com filme a anunciar brevemente.

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