Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final: A Última Missão de Ethan Hunt

“A sua missão, caso decida aceitá-la…” – a frase que marcou gerações está de regresso, pela última vez. Com o lançamento iminente de Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final, Tom Cruise despede-se de Ethan Hunt, o incansável agente da IMF (Impossible Mission Force) que redefiniu o cinema de acção ao longo das últimas três décadas. Mas esta saga teve o seu início muito antes da primeira explosão no grande ecrã…

A Origem Impossível: Da Televisão ao Cinema

Criada por Bruce Geller, a série original Mission: Impossible estreou em 1966 na televisão americana. Com um elenco que contou, ao longo dos anos, com Martin Landau, Barbara Bain, Leonard Nimoy, Greg Morris, Peter Lupus, e o icónico Peter Graves no papel de Jim Phelps, a série apresentou ao mundo uma equipa de espiões altamente especializados que operavam fora dos circuitos convencionais. A sua assinatura? Missões quase suicidas com planos complexos, máscaras realistas e reviravoltas cronometradas ao segundo.

A série original foi um sucesso estrondoso e um marco na história da televisão, considerada a grande resposta americana ao fenómeno James Bond. E claro, nada era mais inesquecível do que o tema musical composto por Lalo Schifrin, cuja batida sincopada em 5/4 se tornou um ícone cultural. Décadas depois, bastam os primeiros segundos desse tema para gerar um reflexo condicionado de adrenalina nas audiências – um verdadeiro hino à acção.

Do Pequeno ao Grande Ecrã: A Saga Cinematográfica

Tom Cruise assumiu as rédeas da franquia em 1996, não só como protagonista, mas também como produtor, transformando Missão: Impossível numa das mais consistentes e espetaculares sagas do cinema moderno. Cada filme é marcado por uma visão autoral distinta:

Missão: Impossível (1996) – Realizado por Brian De Palma, este primeiro filme reinventou a premissa da série para o grande ecrã, com um tom de conspiração e suspense. O assalto suspenso ao cofre da CIA permanece como uma das sequências mais icónicas do cinema. A versão moderna do tema, por Adam Clayton e Larry Mullen Jr. (U2), deu nova vida ao clássico de Schifrin.

Missão: Impossível II (2000) – Sob a realização de John Woo, o segundo capítulo apostou num estilo mais operático e romântico, mas dividiu opiniões. Apesar das acrobacias com motos e pombas em câmara lenta, o filme perdeu a coesão de equipa em prol de uma história centrada em Hunt.

Missão: Impossível III (2006) – J.J. Abrams trouxe nova energia à saga com um foco emocional e um vilão memorável, interpretado por Philip Seymour Hoffman. A introdução de Michelle Monaghan como Julia acrescentou humanidade à vida dupla de Ethan.

Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011) – Realizado por Brad Bird, este capítulo ficou imortalizado pela vertiginosa cena de Cruise a escalar o Burj Khalifa, em Dubai. Um verdadeiro teste à vertigem dos espectadores.

Missão: Impossível – Nação Secreta (2015) – Com Christopher McQuarrie a assumir a realização, a saga encontrou o seu tom ideal: espionagem clássica com ritmo moderno. Introduziu a enigmática Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), uma das personagens mais cativantes da saga.

Missão: Impossível – Fallout (2018) – Considerado por muitos como o auge da série, Fallout foi uma sinfonia de acção coreografada com precisão absoluta. Entre saltos HALO e perseguições em Paris, Cruise provou que o impossível não tem idade.

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas: Parte Um (2023) – Estreando uma história dividida em duas partes, este filme trouxe uma nova ameaça digital e ressuscitou personagens do passado, como Kittridge (Henry Czerny). A tensão escalou, preparando o terreno para o fim.

“Light the Fuse”: O Grande Final

Agora, com Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final a chegar aos cinemas, as expectativas são elevadíssimas. Tom Cruise prometeu o maior e mais arriscado capítulo da saga, com acrobacias reais, sequências explosivas e um encerramento emocionalmente poderoso para Ethan Hunt.

Após as primeiras projecções, as reações ao oitavo e último capítulo da saga são esmagadoramente positivas. O filme está a ser descrito como “um espetáculo de acção arrebatador”, “uma descarga de adrenalina para a mente e para o coração” e “uma conclusão emocionante e satisfatória para uma das maiores sagas do cinema moderno”. As sequências subaquáticas e a impressionante cena do avião já estão a ser apontadas como momentos para os anais da história do cinema de acção, com fãs e críticos a exigirem — com razão — a criação de uma nova categoria para Duplos nos Óscares. E o veredicto é claro: a conclusão é de cortar a respiração.

Realizado mais uma vez por Christopher McQuarrie — cúmplice criativo de Cruise desde Nação Secreta — e com argumento escrito por McQuarrie e Erik Jendresen, O Ajuste de Contas Final conta com um elenco de luxo: Rebecca Ferguson, Simon Pegg, Ving Rhames, Hayley Atwell, Vanessa Kirby, Esai Morales e Pom Klementieff regressam para esta missão derradeira, a que se juntam novas caras num espetáculo visual de fôlego. A banda sonora, novamente a cargo de Lorne Balfe, continua a ser essencial na identidade da saga, equilibrando a herança de Schifrin com arranjos orquestrais contemporâneos que elevam cada sequência ao limite.

Esta é uma despedida com selo de excelência, concebida para ser vivida no ecrã maior possível — vejam em GRANDE e com o som bem ALTO, como recomendam os primeiros sortudos que já a testemunharam.

Uma Herança com Destruição Automática… Ou Não?

A saga Missão: Impossível tornou-se um fenómeno cultural à parte, rivalizando com Bond e Bourne ao criar um herói menos cínico, mais idealista e sempre fiel à missão — mesmo que isso signifique sacrificar tudo.

Se este for mesmo o capítulo final, será difícil apagar o impacto que Ethan Hunt — e Tom Cruise — tiveram na redefinição do blockbuster de acção contemporâneo. Uma coisa é certa: quando a nova missão chegar… vai querer acender o rastilho.



Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final, só nos cinemas a 22 de Maio 2025