Jogos: Tombi! 2: The Evil Swine Return Special Edition – Análise
Tombi! 2: The Evil Swine Return Special Edition revisita um jogo de plataformas de culto da PS1 com ferramentas modernas de emulação, bastante charme, e alguns problemas que se podem tornar frustrantes.
Jogo: Tombi! 2: The Evil Swine Return Special Edition
Disponível para: PC, PlayStation 5, Nintendo Switch, Nintendo Switch 2
Versão testada: Nintendo Switch 2
Desenvolvedora: Limited Run Games, Whoopee Camp
Editora: Limited Run Games
Há algo de imediatamente contagiante em Tombi! 2 (no original Tomba!2). Jogas como Tombi, um herói selvagem de cabelo cor-de-rosa, numa missão para resgatar a sua amiga de infância, Tabby, dos Porcos do Mal. É uma premissa simples, quase agressivamente simples, mas isso faz parte do apelo.
O tom é leve, colorido e orgulhosamente estranho, repleto de NPCs bem-dispostos, trocadilhos duvidosos e uma energia de desenhos animados de sábado de manhã que nunca desaparece por completo. Ao contrário do primeiro jogo, esta sequela decorre num continente totalmente novo. Locais como a Cidade Mineira do Carvão, a Aldeia do Circo e o Templo da Água conferem textura e personalidade ao mundo.
O mapa em si não é grande, é possível atravessá-lo de uma ponta à outra em cerca de dez minutos, mas é denso. Muito denso. Segredos acumulam-se sobre segredos, e o jogo incentiva constantemente a revisitar áreas antigas à medida que desbloqueias novas habilidades. Esta filosofia de “densidade em vez de amplitude” é um dos pilares mais fortes do design de Tombi! 2.
A nível mecânico, o jogo abandona os sprites 2D e adopta modelos 3D de baixa complexidade, apresentados através de um sistema 2.5D. A maior parte do movimento faz-se ao longo de planos fixos, mudando a profundidade em pontos específicos assinalados por setas. Funciona, na maioria das vezes, embora possa parecer estranho no início. O salto de Tombi é famosamente instável, flutuante, leve e nem sempre preciso. O platforming pode ser ligeiramente pouco fiável, sobretudo quando a câmara e as mudanças de profundidade se cruzam.
A roupa e os fatos especiais, no entanto, trazem variedade, concedendo habilidades como planar e alterando a física de formas significativas. O combate é simples, mas eficaz, saltar sobre os inimigos, agarrá-los e atirá-los. Novas ferramentas, como o Bumerangue de Gelo e o Martelo de Fogo, acrescentam uma ligeira camada de combate com puzzles que recompensa a experimentação sem sobrecarregar o jogador.
No centro de tudo está o sistema de Eventos. Pensa nele como um registo de missões ao estilo RPG, mas mais solto. As missões desbloqueiam outras missões, atribuem Pontos de Aventura e podem ser realizadas quase por qualquer ordem. O problema? O menu lista apenas os nomes das missões. Sem descrições. Sem lembretes. É fácil esquecer o que estavas a fazer, mesmo com a viagem rápida a aliviar o peso do backtracking.
A Special Edition inclui os elementos habituais da emulação moderna, save states, retroceder no tempo, filtros CRT e um museu genuinamente excelente, repleto de arte e material de arquivo. O leitor de música é também um destaque. Infelizmente, algumas decisões técnicas prejudicam o conjunto. A mistura de áudio é fraca, a utilização da banda sonora é inconsistente e a remoção do menu de Opções é difícil de compreender. Pior ainda, a ausência de uma opção adequada de “Continuar” obriga à dependência de save states, comprometendo o fluxo original do jogo.
Tombi! 2: The Evil Swine Return Special Edition continua a ser um jogo de plataformas alegre e inteligente, com um grande coração. No entanto, este remaster parece menos uma celebração e mais um esforço de preservação comprometido.
Nota: 7,5/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.






