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Jogos- Análise: Dogurai

Durante anos que a maioria dos jogos independentes tentam captar a essência de videojogos antigos, por norma utilizando visuais 8-bit ou 16-bit para explorarem essa essência. No entanto, existem poucos que tentam utilizar os gráficos de jogos da consola portátil da Nintendo, o Game Boy. É nesta categoria que Dogurai se encaixa, mas, será esta a solução?

Dogurai conta a história de um cão que é um samurai…e é praticamente isto mesmo. Com este mote partimos para um jogo em que andamos com uma espada a desmembrar toda a gente, seja eles pessoas ou robôs para chegar ao final do nível e termos que derrotar um chefe para acabar tal nível. Um fator interessante foi mesmo o facto de o jogo parecer uma espécie de mescla entre Megaman e Ninja Gaiden. Aliás, até em termos de dificuldade consegue estar taco-a-taco com Ninja Gaiden. Definitivamente trata-se de um jogo que pune bastante o jogador, já que se torna impossível a certos momentos recuperar de um salto que falhamos ou de um inimigo que não matamos ao longo de uma secção de plataformas e, se ainda não tivermos passado de um ponto de reinicio, lá vamos nós para o inicio do nível novamente.

A jogabilidade tal como falado anteriormente é bastante básica, mas, a realidade é que interage com os gráficos de forma bastante coerente já que estes também são do mais básico possível.  Sim, são uma homenagem aos gráficos do Game Boy e à sua paleta de cores e existem várias paletas de cores, mas custaria muito criar uma paleta onde poderíamos ver as cores completas de tudo, não ver só tudo castanho e preto, ou azul e preto ou preto e branco. Uma forma de ter todas as cores que ilustrariam o jogo de uma melhor forma, mesmo que fosse algo opcional. No fundo, seria uma versão Game Boy Color.

Em termos sonoros, tenho a dizer que as músicas não são as melhores definitivamente, mas, trazem alguma magia para o jogo. São pequenas composições em 8-bits que vai fazer com que qualquer jogador tenha uma viagem no tempo para tempos mais remotos. E, para ser sincero, acho que a música é parte do que traz diversão ao jogo já que qualquer um irá associar a música aos níveis e, por vezes, poderá tentar conjugar o ritmo de jogo com a música já que tal é possível.

Por fim, gostaria de falar da durabilidade do jogo. Se formos a falar em termos de níveis, é um jogo bastante pequeno, já que são só 5 níveis. Mesmo que sejam longos, um jogo com 5 níveis tem e deve ser considerado pequeno. No entanto, o jogo estende-se devido à dificuldade do mesmo. Ao ser difícil e levando alguns jogadores à frustração, a longevidade do jogo aumenta um pouco, mas nada assim de abismal. Era capaz de dizer que é um jogo para duas horas, ou seja, se não tiverem nada para fazer ou jogar tem aqui um par de horas de diversão. Gostaria de também fazer uma pequena nota que se trata de um jogo brasileiro, desenvolvido pela QuByte Interactive e, nesse ponto dou valor ao facto de estes tentarem desenvolver um jogo assim.

Resta concluir que, Dogurai é um jogo interessante que peca muito na longevidade. É divertido e vai fazer qualquer um suspirar de nostalgia, mas, na minha opinião, isso não é suficiente para tornar este um bom ou um excelente jogo.

Nota Final: 5/10

 

Dogurai está disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch (versão testada) e PC

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