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Jogos: Análise – Ancestors: The Humankind Odyssey (2019)

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Alguma vez deram por vocês a pensar como seria a vida há dez milhões de anos atrás, quando os nossos antepassados primatas se juntaram e foram evoluindo pouco a pouco, até ao estado que chegamos hoje? Seja qual for a vossa resposta, Ancestors: The Humankind Odyssey oferece a oportunidade para experimentar, em primeira-mão virtual, o que seria a vida destes seres vivos.

Os primeiros minutos da vossa viagem é dedicada à criação da vossa linhagem, aquela que irá seguir um rumo deixado à liberdade do jogador, onde a perseverança e a sobrevivência da comunidade é prioritária, enquanto vão à descoberta do mundo em vosso redor.

O jogo orgulha-se em admitir que não irá vos ajudar muito. Não existem objectivos principais a cumprir, incentivando a exploração instintiva do cenário, repleta de coisas por descobrir, desde plantas, frutos e outros animais que podem provar ser um perigo para vós e o vosso clã.

Nem tudo será fácil, pelo contrário, existe uma curva de aprendizagem da mecânica de controlo, ao qual o jogo recomenda utilizar um comando Xbox, entre usar os sentidos para melhor orientação a outras tarefas e acções que requerem muita atenção. Por mais úteis que as dicas no ecrã possam ser, oferecendo informação essencial sobre o funcionamento das acções, em termos práticos tende a ser algo demorado para nos habituar. Por outro lado, a interacção com o ambiente é fluída e realista o suficiente para se provar um desafio, sobretudo quando subimos árvores ou atravessamos rios, podendo sentir um bocadinho na pele.

O único sistema de gravação serve para preservar o presente, sendo que a nossa eventual morte apenas nos transporta à mente doutro primata para continuar as tarefas em mente e prosseguir com a vida natural de beber, comer, dormir e descobrir. Isto claro, tendo em atenção todas as circunstâncias de sobrevivência, que podem ser coisas simples, como uma alimentação infrequente, a perigos escondidos em forma de cobras letais, que se nos apanham, são capazes de nos envenenar, entre muitas outras coisas piores. O facto da IA do nosso grupo inicial não ser tão afinada quanto a nossa, estes acabam por se colocar em situações que nos mostram a verdadeira definição de selecção natural, ao vivo e a cores.

É difícil apontar uma duração realista do jogo, já que a quantidade de coisas por descobrir são imensas, aliado a um mapa de uma África pré-histórica, merecedor da dedicação necessária para que a evolução seja devidamente concretizada, ainda que em pequenos passos. Quando algo é descoberto, há uma mistura de alívio da recompensa ao mesmo tempo que a acção é capaz de passar a despercebida a longo prazo, com uma tendência de cair no repetitivo, fiando-se na nossa capacidade de sermos engenhosos para sobrevivermos. A morte do último membro do clã terminará com a vossa linhagem e não terão outra opção senão recomeçar de novo e reaprender tudo, tendo em mente aquilo que foi o vosso fim, mas à custa de possivelmente muitas horas de jogo.

Esse é capaz de ser o maior defeito de Ancestors: The Humankind Odyssey, a forma casual com que é celebrada uma conquista, por mais simples ou complicado que esta seja, pode causar alguma confusão desnecessária sobre o próximo degrau na evolução, requerendo manter vivo a vontade e o espírito de ir à aventura para fomentar o nosso legado.

No fim, a base do mais recente jogo de Patrice Désilets, reconhecido pelo seu trabalho na franquia Assassin’s Creed, é sólida ao ponto de criar uma experiência inicialmente cativante, mas a sua dificuldade variada, sem uma orientação concreta para nos guiarmos pode não ser de agrado a todos os jogadores que procurem algo mais um pouco mais directo.

Nota Final: 6/10

Ancestors: The Humankind Odyssey já está disponível para PC Windows na Epic Games Store. As versões PlayStation 4 e Xbox One têm lançamento previsto para Dezembro de 2019.

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