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Cinema: Crítica – Guardiões da Galáxia Vol. 3 (SEM SPOILERS)

Os lendários Guardiões da Galáxia estão de regresso para aquela que será a sua maior aventura até à data!

Não há como negar o impacto que o primeiro “Guardiões da Galáxia” de James Gunn teve na Cultura Pop moderna. Os seus protagonistas tornaram-se sensações da noite para o dia, atentos que todos, com as eventuais exceções de Gamora e Drax eram relativamente secundários e terciários no universo Marvel.

Guardiões da Galáxia vol. 3
GUARDIANS OF THE GALAXY VOL. 3, from left: Pom Klementieff as Mantis, Groot (voice: Vin Diesel), Chris Pratt as Star-Lord, Dave Bautista as Drax, Karen Gillan as Nebula, 2023. © Marvel / © Walt Disney Studios Motion Pictures / Courtesy Everett Collection

Divertidos, carismáticos, mas desconhecidos de qualquer das formas. Altamente baseado no segundo volume, na altura escrito pela dupla de Dan Abnett e Andy Lanning que viriam a criar imensa da mitologia atualmente associada aos Guardiões e ao restante panorama intergaláctico da Marvel.

Contudo Gunn percebeu que com este IP tinha a possibilidade de explorar temas fulcrais à experiência humana: Perda, amizade, família e crescimento pessoal. Aqui, no terceiro volume, finalmente temos o fechar deste capitulo partilhado pelos nossos heróis intergalácticos favoritos.

Guardiões da Galáxia vol. 3

Visto solto será, sem dúvida, uma experiência cativante, pela forma como aborda os temas e pelo ambiente que consegue criar, no entanto é uma sequela, e como tal, é fascinante.

Desenvolve com naturalidade o trabalho que veio antes, requer apenas a consulta dos primeiros dois volumes e, por razões implícitas a quem os conheça, Infinity War e Endgame. Continuamente o filme puxa pelas lágrimas e mostra-nos de forma honesta o que queremos: O fim desta história.

Como nos anteriores filmes dos Guardiões, o pacing podia ser melhor em certos aspetos, mas este é sem dúvida o meu filme favorito da saga. Para lá de incluir os clássicos Guardiões, Vol. 3 apresenta-nos muitas novidades como Cosmo, Adam Warlock e o malévolo Alto Evolucionário.

Pela longa-metragem fora vamos vislumbrando composições fantásticas. A fotografia de Guardiões da Galáxia sempre surpreendeu pela positiva, um hábito que continua aqui. Cores vibrantes e designs curiosos nesta aventura que sabe a banda desenhada de ficção científica e remonta ao trabalho de Kirby em muitas instâncias. Continuando também a tradição de Daredevil, que já tínhamos visto antes e continuamos a ver tão recentemente quanto o final da terceira temporada de Mandalorian, o filme contem um “combate de corredor” à moda de Gunn. Neste take continuo vemos todos os Guardiões a trabalhar juntos para despachar uma data de monstruosos capangas, colaborando entre si, um momento de ação inspirado e que provoca um misto de imersão e fascínio.

Guardiões da Galáxia vol. 3

Antes de concluir, vou ceder à transparência por um pouco para esclarecer uma questão que já pode ter surgido. Eu não fiz uma introdução à narrativa deste filme, tampouco a abordei em detalhe. Sei que é improvável, talvez até impossível, um fã ir ver esta longa-metragem às cegas, mas acreditem que vale a pena. Todas as novidades, todas as curvas, é tudo sentido e isso contribui para a experiência que o filme realmente quer proporcionar, as emoções que quer suscitar no público.

Todo o elenco, Bradley Cooper, Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Karen Gillan, Pom Klementieff, Chukwudi Iwuji, Sean Gunn, Maria Bakalova e Will Poulter, incluindo ainda os que menos aparecem como Sylvester Stalone, Elizabeth Debicki, Nico Santos, Linda Cardellini e até Daniela Melchior, todos contribuem aqui para um filme espetacular que continuamente eleva a sua própria fasquia. Enquadrados por Henry Braham(Volume 2 e O Esquadrão Suicida) e com o argumento e realização de James Gunn, Volume 3 serve a narrativa dos Guardiões com talento e muito amor, terminando a sua história, pelo menos por agora, num ponto alto.

A todos os fãs da franquia, não consigo não recomendar, é feito à nossa medida, mas poderá deixar o público geral mais desnorteado, pois não é auto-contido e, por defeito do universo cinemático em que se enquadra, serve uma continuidade completa que inclui ainda dois crossovers gerais que coletivamente comem 5 horas e meia ao espectador, que é sem sombra de dúvidas demasiado TPC a pedir do espectador casual.

Classificação: 8/10

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