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Cinema – Crítica: Grinch (2018)

Ainda faltam umas semaninhas para o Natal, mas o Grinch já começou a preparar o seu assalto nas salas de cinema Portuguesas.

 

Depois dos clássicos protagonizados por Jim Carrey e Boris Karloff chega a nova versão, animada pela mão de Illumination, estúdio conhecido pelas lancheiras, mochilas, camisolas, pijamas, chapéus, canecas e tudo mais durante aquele par de anos. Desta vez temos Benedict Cumberbatch a protagonizar o malévolo Grinch, cujo outrora pensei “perfeito”, mas após ver o filme…

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Começo por ser honesto, visualmente falando, os designs são bonitos, há ideias interessantes, no entanto, 90% dos personagens não têm personalidade, fora a comédia forçada para que servem, e os outros 10% são estereótipos. É mais um filme animado, pobre Seuss.

Pobre, coitado, Seuss, que escreveu uma história sobre a magia do Natal e como a bondade é o seu verdadeiro significado, sobre como as nossas ações podem mudar a vida dos outros. História essa que foi simplificada e cujo significado foi diluído em piadinhas para os trailers.

Temos quase 90 minutos de metragem para explorar a psicologia do Grinch, mas não, vamos ver a viagem para o emprego da mãe de Cindy-Lou e visitar a feira de natal de Whoville. Num filme que deveria ser visto através dos olhos de quem está fora e posto de parte, passamos o tempo com os estereótipos do “feliz até enjoar” que são os Whos.

Cindy-Lou atura-se, Cumberbatch como Grinch dá-nos uma performance medíocre (fez o que pôde com este argumento que não podia ser muito mais simples se fosse um pão com manteiga).

É triste quando isto acontece, mas era o que se esperava, a Illumination não é conhecida pela sua qualidade de argumento, e as piadas acabam por desfazer o filme a longo termo.

No entanto não consigo evitar esboçar um sorriso aqui e ali, admito, não sou feito de pedra. O final do filme em concreto aquece um pouco, recorda-nos as jantaradas em famíliadá-nos aquele “calor” da época. Os súbditos de Grinch, Max e Fred, acabam por ajudar também a simpatizar com o filme, embora Fred exista apenas para encher a longa-metragem.

De facto o meu grande problema é que este Grinch não é tão malvado quanto é rabugento e muito raramente vemos justiça feita à personagem. Aprecio a narração de Pharell Williams, mas não se compara ao trabalho de Hopkins ou Karloff.

Tudo isto para dizer que o filme entretém, mas não é uma adaptação fiel em qualquer sentido. Recomendo aos verdadeiramente interessados, só e apenas.

Este Sr. Grinch é mesmo Mauzinho.

  • Grinch estreia a 22 de novembro 2018 nos cinemas

5/10

Henrique V. Correia

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— Henrique V.Correia

One thought on “Cinema – Crítica: Grinch (2018)

  1. Ótima crítica. Eu gostei bastante deste filme. Eu gosto de todos os trabalhos do Cumberbatch, sempre tão diferentes entre si. Eu quero muito conferir seu novo trabalho, o Brexit. Me parece ser um dos melhores e mais aguardados do gênero de drama que está pra estrear. Só pelo trailer, é impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. A maioria dos filme sobre política são cansativos e este parece estar longe de ser, só pelo assunto e pelos atores. Eu estou ansiosa para assistir e, com toda certeza, verei na estreia.

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