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Cinema: Crítica – Bumblebee (2018)

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Bumblebee está de regresso aos cinemas! Desta vez pelas mãos de um novo realizador, Travis Knight (Kubo e as Duas Cordas), e uma abordagem diferente com esperança de criar o filme merecido ao popular franchise dos Transformers. Estreia a 20 de dezembro nos cinemas.

Bumblebee 2018 Hailee Steinfeld

Encontramo-nos na década de 1980, Charlie (Hailee Steinfeld), uma ex-campeã de salto ornamental e prestes a fazer os seus 18 anos, vive com a constante pressão do que é o seu lugar no mundo.  Um dia, descobre um carocha amarelo que se revela ser um transformer, o adorável Bumblebee que tenta escapar às mãos dos Decepticons que o perseguem desde a sua fuga de Cybertron.

Numa abordagem com um elenco menor, este filme a solo do Bumblebee proporciona um desenvolvimento emocional mais intenso à personagem, bem como a introdução de uma protagonista facilmente conectável, com um passado doloroso devido à morte do seu pai e uma mente aberta para novas descobertas. Ambos possuem uma forte personalidade que irá proporcionar uma evolução natural e que ocorre devido à excelente química entre si. Charlie sempre quis ter o seu próprio carro, no entanto, depara-se com um objeto vivo que acabará por se tornar no seu melhor amigo. Bumblebee, um soldado de Cybertron com uma personalidade jovem, insegura e bastante curiosa, semelhante a Charlie, interessa-se imediatamente pela cultura humana e torna-se fascinante o seu contacto com o nosso mundo, chegando a precisar do clássico rádio quando perde a sua voz.

Quanto às restantes personagens, Shatter (Angela Basset) e Dropkick (Justin Theroux) são os únicos relevantes vilões Decepticons que perseguem o nosso protagonista, os quais mostram-se imediatamente ameaçadores com os seus atos violentos, mas também fascinantes devido aos efeitos especiais e cores vivas que possuem. Sendo este um detalhe técnico incrivelmente plausível em todo o decorrer do filme, tanto nos vilões, Bumblebee, Optimus Prime ou o planeta Cybertron. Em conjunto com a belíssima cinematografia, o formato de tamanho IMAX e mistura de som criam cenas de ação brilhantes, por vezes com planos de sequência com humanos integrados, mas também cenas calmas e igualmente interessantes de uma simples conversa entre Charlie e Bumblebee. Cenas estas que ao estarem criadas com uma extrema sensibilidade tornam-se nos momentos mais emocionantes devido ao desenvolvimento adorável com o nosso carocha amarelo.

Bumblebee 2018 Hailee Steinfeld

Além disto, existe também o Agente Burns (John Cena), um militar a tentar proteger o nosso planeta dos recém-chegados alienígenas, que tem uma presença forte e satisfatória, mas sem grande fascínio individual. Serve essencialmente como perigo humano e visão de membros do governo à situação central do filme, possuindo diálogos extremamente previsíveis, no entanto, com o seu propósito técnico em facilitar os mais jovens a distinguir as ações erradas das certas. Jorge Lendeborg Jr., como Memo, é possivelmente a personagem mais dispensável de todo o filme, que se torna no ser humano mais chegado à protagonista Charlie, no entanto, à exceção da sua personalidade geek, não possui diálogos relevantes e aparenta servir somente como um possível romance que acaba por, felizmente, não ter grande desenvolvimento.

Bumblebee 2018 john cena

Por fim, resta salientar o ambiente do filme nos anos 80 em que a Internet e os smartphones ainda não tinham chegado às mãos das nossas personagens, o que facilita os argumentistas a criarem algo diferente e mais visualmente cativante. Além disto, estão constantemente a surgir músicas que nos posicionam na época enquadrada e sentimento pretendido, criando um álbum de mérito ao estilo d’Os Guardiões da Galáxia.

Bumblebee é assim uma abordagem totalmente refrescante na filmografia de Transformers com uma química memorável entre os protagonistas e sem nunca se afastar da temática do franchise original.

  • Bumblebee estreia a 20 de dezembro 2018 nos cinemas.

7/10

Tiago Ferreira

Estivemos na antestreia de Lisboa de Bumblebee!

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