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Cinema: Crítica- Aquaman (2018)

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O Rei dos 7 mares chega hoje aos cinemas portugueses. Irá Aquaman ressuscitar o Universo Cinematográfico da DC?

Depois do seu cameo em Batman Vs Superman e o seu papel no Justice League no ano passado, Jason Momoa regressa ao Universo Cinematográfico da DC na sua primeira aventura a solo.

Em Aquaman conhecemos as origens de Arthur Curry, o herói titular, à medida que exploramos a relação dele com este novo mundo subaquático. No entanto, nem tudo são maravilhas nas profundezas e o seu meio-irmão não está contente de o ver.

O primeiro ponto a favor do filme chega nas interpretações. Aquaman traz um vasto leque de atores, uns mais conhecidos ou mais presentes que outros, mas todos eles recebem o devido mérito. Fiquei particularmente surpreendido por Amber Heard, que interpreta Mera, Yahya Abdul-Mateen II como Black Manta e Nicole Kidman como Atlanna.

Abrimos na apresentação dos pais de Arthur, e pouco depois vemos pela primeira vez os soldados da Atlântida, uma espécie de stormtroopers aquáticos. É neste primeiro confronto, ainda durante a introdução, que temos o primeiro vislumbre do que o filme virá a oferecer: Designs interessantes, coreografias bem pensadas e planos soberbos.

Ora vamos por partes.

Não querendo ficar mal-vistos, a Warner optou por investir nos designs, numa mistura de cores, ângulos e luzes em todos os edifícios e veículos subaquáticos. A nossa primeira visita à Atlântida relembrou-me a chegada a Wakanda, no entanto, os tons de castanho e verde são substituídos por uma gama de azuis, e embora vejamos menos “povo nas ruas” sobrevoamos uma mistura de arquitetura e biologia, num reino onde tudo tem o seu propósito.

As armaduras, tanto dos Piratas como dos Atlantes, são belas e ainda na primeira parte do filme vemos um vestido/alforreca surpreendentemente bonito. Isto são apenas alguns exemplos que detetei, hei de revisitar o cinema uma ou duas vezes para me deliciar mais um pouco.

Pelo filme fora vemos combates a dar uso ao ambiente, algo que na coreografia acaba por ser fácil de esquecer. Contudo, em Aquaman, os palcos das batalhas acabam por ser participantes ativos nas mesmas. Apoiados pela fotografia, temos aqui combates magníficos.

Por falar em fotografia, só no último combate entre Aquaman e Ocean Master, de 2 em 2 planos temos toda uma composição digna de Póster. Parecem pinturas em movimento, algo que é fácil perder quando se faz um filme.  As cores usadas, contrastes entre claros e escuros, vibrantes e mudas, acabam por tornar o final da longa-metragem um deleite absoluto.

Aquaman tinha bastantes objetivos e sinto que os concretizou todos, uns melhor que outros. Temos aqui aquela que é, até agora, a melhor oferta da Warner neste DCEU, e Aquaman não só é divertido como mantém a liberdade artística que a Warner sempre prometeu.

Embora a Marvel tenha ofertas como Thor Ragnarok e Guardiões da Galáxia, filmes que acabam por ter autores definidos, têm também apostas como Ant-Man e Iron Man(escolham o que preferirem dos três) que acabam por não trazer muita “arte” ao meio, carecem alma. Depois temos Aquaman um filme cuja realização fala por si. James Wan é mais conhecido pela franquia Saw e Conjuring, mas em Aquaman mostra outra faceta ao trazer-nos uma adaptação fiel e colorida, sem aqueles filtros infames de Snyder.

Temos então uma mudança do habitual, e quem sabe uma mudança de rumo. Sou apologista que em Wan e Jenkins (Wonder Woman) temos autores que poderão revitalizar o Universo da DC no cinema, embora ao fim e ao cabo a decisão seja das bilheteiras.

Uma aventura pelo mar e pela Terra que respeita os seus personagens e o seu tom, aconselho-o a todos os que apreciam Heróis e as suas aventuras no Cinema.

Viva ao Rei!

8/10

  • Aquaman estreia a 13 dezembro 2018 nos cinemas

-Henrique V.Correia

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