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Cinema – Crítica: Vendeta (2018)

Numa altura em que a indústria cinematográfica e os movimentos sociais que lhe perseguem vão ditando algumas tendências para as temáticas dos filmes que vão estreando, eis que aparece a estreia no grande ecrã da francesa Coralie Fargeat, com Vendeta, protagonizado por Matilda Lutz.

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Revenge_Vendeta_PosterPTVendeta conta a história de Jen (Lutz), uma jovem que se encontra numa situação desesperante: Está perdida no meio do deserto, depois dum amigo do seu amante lhe ter violado.
Ferida e revoltada, esta busca a derradeira vingança, de fazer arrepender os homens pelas suas acções.

Todas as associações feministas que o filme tem feito no último ano, depois da sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto no ano passado, nem sempre são as mais certeiras. Sim, é um filme realizado por uma mulher e protagonizado por uma, mas Vendeta vai mais longe que isso.

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Tudo o que se vê no filme, desde dos grandes planos duma paisagem vazia, ao gore de ver um pé cortado a esguichar sangue; é relevante para contar esta história de rape-revenge, muito ao estilo dos exploitation films dos anos ’70 e ’80, como Mulher Violada (1978) e Vingança de uma Mulher (1981), como também de obras modernas como Kill Bill e a trilogia vingativa do sul-coreano Park Chan-wook.

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Ainda que por vezes, Vendeta mostra-se excessivo, metendo os dedos dos pés no sobrenatural, a verdade é que entre uma realização cuidada e detalhada, uma banda sonora electrizante, cortesia Robin Coudert e uma protagonista com um objectivo que a põe num caminho de retribuição, temos aqui todos os ingredientes para algo verdadeiramente memorável.

Nota: 8.5/10

Ricardo Du Toit

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