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Cinema: Crítica – The Operative – Agente Infiltrada

The Operative – Agente Infiltrada

Filmes de espiões são um tema que normalmente cativa qualquer pessoa e que, de certa forma já tem uma fórmula que é seguida ao longo dos anos com bastante sucesso. No entanto, eis que chega “The Operative – Agente Infiltradae tenta dar uma nova visão ao género. Como terá corrido?

Vamos começar por entender que o filme é baseado num livro chamado “The English Teacher” escrito por Yiftach Reicher Atir e que, nos conta a história de Rachel (Diane Kruger) uma agente da Mossad que é destacada para trabalhar infiltrada (lá está, com o pretexto de ser uma professora de inglês) no Teerão, de forma a criar um vínculo com Farhad (Cas Anvar), o seu alvo. Tudo estaria a correr bem se fosse esta a história que nos é apresentada. Uma mulher forte, num filme de espiões, que no final do dia irá salvar o mundo. Pelo menos, é o que Yuval Adler tenta nos fazer pensar ao início.

Porém, é logo na história que o filme começa a descarrilar. A história não nos está a ser contada por Rachel. Sim, nós estamos a vê-la da perspetiva de Rachel, mas, na realidade, quem nos está a contar a história é Thomas (uma interpretação fantástica da parte de Martin Freeman), que se tratava do supervisor da missão de Rachel. Isto, porque na verdade estamos a assistir a um filme que nos conta uma história de traição, ou seja, a forma como o filme nos foi “vendido”, não é a forma real dele.

The Operative – Agente Infiltrada

Atenção, o filme tem pormenores fantásticos, especialmente quando a nossa “heroína” tem que executar atos de crueldade. O facto de conseguirmos notar na face de Kruger que esta não se sentia preparada para os fazer, de certo modo torna uma peça dos filmes de espiões interessante à sua forma. Tal como, o facto de o “vilão” piscar várias vezes os olhos a clichés do género (há um momento em específico onde o mesmo fala de segredos que é berrante o quão ele está a apontar o dedo ao tipo de filme onde se encontra).

Algo também interessante, é o facto de o filme ser grande parte dele passado no Irão, levando a que exista um esforço por parte do realizador e até do próprio argumentista de mostrar que o país não é o que os media o fazem. Tem paisagens belíssimas ao longo do filme, até ruas conseguem ser belas da forma como foram gravadas. Mas, na realidade, o que estão a tentar fazer é camuflar o que de mal se passa naquele país, tornando-se até ridículas essas tentativas.

The Operative – Agente Infiltrada

Por fim, gostava de concluir esta crítica com o facto que estraga por completo o filme: a não existência de cenas de ação. Aquelas cenas de ação cheia de balas e combate corpo-a-corpo é algo que não existe, ou seja, uma das características mais importantes do género não é aplicado ao longo do filme, o que pode desiludir fãs.

Resta dizer que, “The Operative – Agente Infiltrada” poderia ser um bom filme se não fosse vendido como um filme de espiões. Na realidade, trata-se de um drama sobre traição e saber o que está certo e errado, ao invés de ser uma trama de ação internacional, como dá a entender.

Nota Final: 5/10


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