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Cinema: Crítica – Magic Mike – A Última Dança (2023)

A carreira de Channing Tatum como um dos homens mais atraentes de Hollywood pode ser indicado até ao ano de 2012, aquando a estreia de Magic Mike, o filme de Steven Soderbergh que lhe meteu no centro das atenções mundiais como um stripper masculino, como desmistificou todo o mito que eram os clubes de strip masculinos. Desde então, o fenómeno Magic Mike repetiu-se em 2015 em modo XXL, expandindo o conceito não só da personagem de Tatum, mas também das personagens dos outros actores, entre eles Matt Bomer. Joe Manganiello, Kevin Nash, entre outras; para a felicidade do público feminino. Foram precisos 8 anos para trazer Magic Mike de volta à ribalta, com Soderbergh novamente a realizar, em Magic Mike – A Última Dança.

Mike (Tatum) continua reformado dos clubes de strip, atendendo festas de luxo como bartender, mantendo a sua vida simples e pacífica. Até ao dia que conhece Max (Salma Hayek Pinault), uma mulher rica em processo de separação, que fica encantada com o talento escondido de Mike. Esta acaba por lhe arrastar até Londres, onde propõe a Mike encenar um espectáculo ousado que irá mudar a vida das pessoas.

Não se entende bem qual a ideia por detrás deste regresso de Mike, mas suspeita-se que os sucessos anteriores na bilheteira, ou a necessidade de expandir o catálogo da HBO Max – na altura anunciado como um filme exclusivo para streaming – possam ter contribuído para trazer este homem e os seus abdominais de volta. Independentemente disso, e julgando a obra sozinha, não existe propriamente nada de muito cativante no meio disto.

Entre a história de amor que está por um fio em ser uma novela mexicana, e a subsequente falta dela durante um terço do filme, este ocupado com múltiplas danças, coreografias, e espectáculo visual, há muito pouco para entreter, ou sequer estimular até o espectador mais casual; aproveitando todas as oportunidades e mais algumas para exibir rapazes de tronco nu, e nem precisam de estar a dançar.

É verdade que quando o filme se esforça, ele é capaz de nos deixar libertar alguns risos, mesmo quando repetidamente explora o conceito estereotípico entre as diferenças dos ingleses com os americanos, quando na verdade são os dois burros da mesma quinta.

Há um público muito claro para este filme e, naturalmente, não tem mal absolutamente nenhum criar um filme destinado a ser consumido por um certo grupo de pessoas. Mas quando a própria obra já traz uma agenda predilecta, fica díficil julgá-lo de forma objectiva. Ao menos, Magic Mike – A Última Dança assume com todo o orgulho esse detalhe, mas é uma enorme desilusão ver Steven Soderbergh – o mesmo realizador de Erin Brockovich, Ocean’s Eleven, e muitos outros – a cair neste buraco sem fundo.

Nota Final: 4/10

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