Cinema: Crítica – Escape Room 2: Sem Saída (2021)
Escape Room 2: Sem Saída (Escape Room 2: Tensão Máxima – no Brasil) chega aos cinemas com o objetivo de perturbar os espectadores. Será que consegue, ou falha dentro do seu próprio jogo?
Quando o primeiro Escape Room foi lançado, no início de 2019, acabou por se tornar um sucesso de bilheteiras fantástico, muito por conta da febre que existia à volta dessas novas diversões que estavam a começar a aparecer pelo mundo.
Portanto, a ideia de tornar algo que, inicialmente pode ser considerado inofensivo, numa máquina de carnificina e sustos era o que Hollywood ansiava mais. No entanto, ansiava demais, pois este novo Escape Room 2: Sem Saída era para ter sido lançado no ano que todos queremos esquecer, 2020.
Sim, seria um filme lançado com cerca de um ano de produção, pois a mesma foi começada em fevereiro de 2019 e, para vos ser sincero, isso nota-se a léguas neste novo conjunto de armadilhas mortais.
Zoey (Taylor Russel) e Ben (Logan Miller) estão de volta, desta vez com os vencedores de outras escape rooms que a Minos criou ao longo dos anos, entre eles Nathan (Thomas Cocquerel) e Rachel (Holland Roden), que conseguem ter as histórias de fundo mais idiotas que alguém consegue imaginar. De um lado, temos um Padre que foi testado em conjunto com outros cinco, para ver se conseguem sobreviver com base na fé e, por outro, pasmem-se uma pessoa que não sente dor. Portanto, vamos tentar arranjar personagens que a história delas, é o que menos importa para a história do filme.
Além disso, temos erros de continuidade, existindo um gritante onde a certa altura, uma personagem chama por outra e, passado uns minutos, já ninguém se lembra do nome da personagem. Aí aqueles casos de amnésia que podem ocorrer a qualquer momento, não é?
Falando agora das armadilhas e das salas de jogo. Existem momentos bons, existem momentos maus, mas não existem momentos medíocres. Não existe mesmo um meio-termo em relação às salas de jogo. Existiram algumas demasiado básicas, que mesmo sabendo que existe algo que pode matar ali, não causa o mesmo efeito no espectador que causava no filme anterior. Isto porque não é nada de novo, excluindo um ou outro pormenor, já sabemos que alguém vai morrer no meio de toda aquela confusão e que as personagens principais de alguma maneira estarão vivas.
Convém também falar aqui, das voltas e voltinhas que o enredo nos tenta dar. Parte do filme é entender se o que estamos a ver é a realidade, ou se, Zoey e Ben continuam sob a alçada da Minos. O único problema é que, todos os santos plot twists que o filme tenta tirar da manga para surpreender o espectador são do mais previsível possível. Sou capaz de até dizer que no início do filme já entendemos tudo o que se lá passa e nada nos vai surpreender.
Além disso, por amor de deus, não utilizem cenas recicladas do filme anterior! É a pior coisa que podiam fazer e foi, exatamente o que fizeram! Uma má jogada por parte de Adam Robitel, que regressa à cadeira de realizador, e dos seus argumentistas.
Por fim, resta concluir que Escape Room 2: Sem Saída é um filme apressado e que serve apenas para se alimentar da bilheteira. Além disso, deixou de ser um filme de terror para ser um filme de ação e vingança com momentos de tensão. Um filme medíocre, mas, divertido.
Nota Final: 4/10
Escape Room 2: Sem Saída estreia a 15 de Julho nos cinemas portugueses
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.