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Cinema: Crítica – Bros – Uma História de Amor (2022)

As comédias românticas têm tido um ressurgimento recente no grande ecrã. Desde da junção de Jennifer Lopez e Owen Wilson em Marry Me – Fica Comigo, a Julia Roberts e George Clooney em Bilhete Para o Paraíso, de repente parece que estamos de novo no meio dos anos ’00 à procura do amor. Mas Judd Apatow está de volta na cadeira de produtor para nos trazer Bros – Uma História de Amor, que oferece-nos algo de novo: uma comédia romântica onde os protagonistas são homossexuais, e com isso, todas as peripécias que talvez não aconteceriam numa relação hetro, com Nicholas Stoller (Um Belo Par… de Patins) na realização.


Bobby (Billy Eichner) é um homossexual muito bem sucedido no mundo do entretenimento, com o seu podcast popular a fazer furor. Ele também é um dos directores do novo museu LGBTQ+ prestes a abrir em Nova Iorque, mas no meio de tanto sucesso, este acredita que não consegue encontrar o amor. Isto até conhecer Aaron (Luke Macfarlane), um encantador rapaz que dá uma reviravolta na sua vida e lhe introduz às grandes coisas da vida.

Bros – Uma História de Amor desafia todas as noções que poderíamos ter perante um filme do género, através de todo o tipo de abordagens, desde a sátira de alguns clichés, ou mesmo abraçar outros na sua própria forma, uma coisa é clara: a narrativa não segue uma fórmula tradicional, nem os protagonistas servem apenas de substituição para servir uma premissa cansada.


Aqui, as personagens têm os seus próprios interesses e propósitos, que como se poderia imaginar, não se alinham da mesma forma que as relações hetro normativas. Isto oferece oportunidades de novos problemas e situações que de outra forma não seriam possíveis de explorar, e abre portas a todo um novo mundo de possibilidades incríveis e genuinamente cómicos que merecem ser partilhados com o grande público.

Tal como as comédias românticas de sempre, este filme não está imune de cair em alguns dos problemas do costume, onde algumas piadas nem sempre caem como deveriam, ou uma compensação excessiva doutros aspectos sociais. Ninguém disse que tinha que ser perfeito, mas é definitivamente divertido na grande maioria do tempo e esforça-se para marcar a diferença no meio deste novo movimento do género.



Assim, Bros – Uma História de Amor é uma tentativa muito bem empregue por Nicholas Stoller e Judd Apatow, ajustando as suas fórmulas cómicas para uma história que é para todos os efeitos uma novidade. A inclusão e a representação é sem dúvida um dos aspectos mais importantes deste filme e não desaponta, esperando que seja o primeiro passo de muitos em ver mais comédias com casais homossexuais no grande ecrã.

Nota Final: 7/10

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