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As personagens de Gritos 6

SEIS PARA SEIS
Conhece as seis personagens “legadas” de Gritos 6. Entre eles, os quatro aclamados novos recrutas que sobreviveram no último filme, uma que sobreviveu a todos eles, e uma que a maioria das pessoas pensou ter morrido há dois filmes…

COURTENEY COX é GALE WEATHERS

“Sabes que és o décimo tipo a tentar isto, certo?” Courteney Cox diz pelo telefone até ao Ghostface no trailer de Gritos 6, aquela abordagem assinatura que só Gale Weathers sabe fazer. “Nunca funciona para o idiota da máscara”. O que é praticamente o oposto de como esta franquia abraçou a criação indelével de Cox.

A ambiciosa e dura repórter, transformada em romancista, transformada em personalidade televisiva, tem sido uma pedra no sapato da série desde o seu início. Por isso, é justo que esta prestação a siga até à grande cidade. No último filme, Gale Weathers teve de regressar a Woodsboro, vinda de Nova Iorque quando Ghostface a veio chamar, tendo-se afastado dos subúrbios para abraçar os seus sonhos de carreira. Neste, ele retribui o favor.

“Gale mudou-se para Nova Iorque porque ela trabalha num programa matinal”, diz Cox. “Ela tornou-se mais bem sucedida, e mais sofisticada”. Mas isso não quer dizer que ela tenha perdido alguma vantagem. “A Gale será sempre super-competitiva”, ri-se Cox.

Este será, claro, o primeiro filme da série Gritos a apresentar uma Gale sem um Dewey, o par de personagens queridas que se juntaram em Gritos e depois casaram antes dos acontecimentos de Gritos 4. Antes de os vermos, mais de uma década depois, no ano passado, o casal tinha-se separado, apesar de ser claro que cada um ainda sentia alguma coisa. Mas com Dewey a não chegar aos créditos finais, não haverá um final feliz.

Onde isso deixará Gale emocionalmente em Gritos 6 é algo que Cox insiste que todos terão apenas de ver o filme para descobrir. Mas onde isso a vai deixar fisicamente, diz Cox, é uma das razões pelas quais ela acha que esta nova entrada é tão especial. “Trazer o GhostFace para Nova Iorque acrescenta um elemento totalmente novo à história. Tirar a personagem de uma pequena cidade e colocá-la no coração da cidade que nunca dorme é mais aterrador do que nunca”.

E, se alguém sabe o que faz de um filme um verdadeiro Gritos, é Courteney Cox. A actriz icónica permanece orgulhosa do original, 25 anos depois de ter sido lançado. “Gritos estará sempre por perto, para todo o sempre, para ser olhado com muito carinho”, diz Cox. “Foi tão inteligente, foi tão assustador. Aquele filme foi mesmo um dos grandes”.

Para os realizadores deste novo capítulo da história do franchise – Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett – obter um selo de aprovação das pessoas que tinham trabalhado com o seu realizador original, e o seu herói, Wes Craven, foi crítico ao dar-lhes a confiança necessária para tomarem as rédeas.

Cox diz que no segundo em que viu o primeiro filme da dupla, Ready or Not – O Ritual, de 2019, ela soube imediatamente que eles eram as pessoas certas para levar por diante o legado de Craven. Quando o guião chegou mais tarde, com um tom que parecia perfeitamente compatível com o do original, ela sabia que tinha razão.

O mais importante é que isso não é uma bênção que Cox tenha dado de ânimo leve. “Estes filmes têm sido uma mudança de vida para mim”, diz ela, ficando emocionada com o pensamento do seu falecido realizador. “Wes era quase como uma figura paterna, em muitos aspectos. Ele era o homem mais doce, era um homem lindo. Era tolo, era sério, tinha tanto coração”. Muito parecido com os filmes sobre os quais ele construiu um legado que nunca será verdadeiramente esquecido.

HAYDEN PANETTIERE é KIRBY REED

Houve um momento no último Gritos que levou os fãs a especularem mais do que qualquer outro. Infelizmente, a pessoa envolvida não o viu. “Honestamente, eu vi o filme e perdi esse momento”, Hayden Panettiere ri-se quando o nome ‘Kirby Reed’ piscava no telefone do Dewey. “O meu telefone começou a ficar louco. Eu estava tipo, ‘De que é que eles estão a falar?'”

Aquela cena foi tão sensacional porque confirmou uma teoria antiga: que Kirby Reed, a personagem preferida de Gritos 4, obcecada por filmes de terror, tinha de facto sobrevivido ao ataque de Ghostface, onde a maioria tinha-a presumido como morta naquele filme.

“A verdade é que, se não vires alguém realmente morto na câmara, então há sempre a hipótese de ainda estar vivo”, ri-se Panettiere. “Desde do inicio era para ser assim, que ela foi esfaqueada, mas que nunca a viste morrer”.

Mesmo assim, só porque o realizador original de Gritos, Wes Craven, não matou Kirby, isso não significava que os seus novos realizadores, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, não o fizessem. “Quando ouvi que estavam a fazer um quinto Gritos, ninguém me tinha chamado”, lembra-se Panettiere. “Por isso, estendi-lhes a mão, para lhes dizer que, olhem, ‘Não estou morta!””.

Querendo fazer justiça à personagem de Kirby, os co-realizadores decidiram esperar até esta estrada para a trazer de volta para o rebanho de uma forma significativa. “E isso pareceu-me adorável”, diz Panettiere. “Estar neste filme faz-me sentir como se fizesse parte de algo maior, algo bom. Adorei quem era a Kirby e adoro quem a Kirby é hoje. Foi incrível ler toda a gente a dizer: “Queremos o Kirby de volta! [depois daquela cena em Gritos 5]. Aqueceu-me o coração porque eu tinha estado fora durante tanto tempo. Eu queria mesmo que o meu primeiro projecto de volta fosse o correcto”.

Panettiere nota que ela teve quatro anos longe do ecrã, mas já teve uma carreira extraordinária, carregada de lições. “Sempre me ensinaram que nunca se sabe que se fez realmente um filme até se estar sentado na sala de cinema, a vê-lo”, ri-se ela. “Quando prometeram que me iam trazer de volta, eu disse: ‘Vou acreditar quando o vir'”.

Mas aqui está Kirby. A mesma que nós adoramos, mas que também nunca vimos antes. “Ela ainda é uma totó, ainda uma criança no coração, a mesma velha Kirby, com a mesma atitude de sempre. Mas há aquela ferida que ela nunca vai superar”, brinca Panettiere.

“As pessoas lidam com o trauma de formas diferentes. Podes ir para um buraco negro e viver com medo, trancar a porta e manter as luzes acesas. Ou podes fazer algo de bom. Mal posso esperar até que os fãs descubram quem a Kirby acabou por ser”.

O que se mantém igual é a paixão de Kirby por filmes de terror, algo que ela mostrou de forma tão brilhante no seu monólogo em Gritos 4. Um que ela conseguiu actuar em apenas dois takes. “Cresci em novelas e essa é uma forma infernal de aprender falas”, lembra-se Panettiere desse dia. “O Wes estava, ‘Uau, eu não estava à espera disso’. Eu disse: ‘Sim, senhor. Eu vim preparado”. O Wes era um ser humano incrível. Ele ensinou-nos a fazer um filme assustador, treinando-nos através das batidas, mostrando-nos o timing exacto”.

Panettiere faz uma pausa. “Acho que ele iria abraçar este novo filme. Acho que ele ficaria entusiasmado. E orgulhoso por aquilo que ele começou ter continuado, assim”.

MELISSA BARRERA é SAM CARPENTER

Melissa Barrera está a tentar não ficar muito entusiasmada com as pessoas que irão ver Gritos 6. O problema é que ela está a achar isso bastante difícil. “Este Gritos é maior e mais sangrento”, diz ela. “Tudo parece mais perigoso. Em certas cenas, eu estaria literalmente a tremer, do género, “O que acabou de acontecer? Eu chegava perto dos meus companheiros de elenco e dizia: ‘Isto é uma loucura’. Eu nunca me senti assim a gravar um filme”.

Regressando como Sam Carpenter, irmã de Tara e filha do Billy Loomis do filme original, Barrera diz que esta Sam é muito diferente daquele que conhecemos pela primeira vez. “Nesse filme ela tinha este grande segredo que tinha guardado toda a sua vida”, diz Barrera. “Ela tinha a sua armadura posta.” Ela também estava mais do que um pouco perturbada com a ideia de que, tal como o seu pai, ela também poderia ser uma assassina em série disfarçada.

“Mas no final do último filme, algo quebrou em Sam”, diz Barrera sobre o seu clímax sangrento. “Ela tinha sido tão guardada, endurecida, porque tinha passado por muita coisa. Mas, no final, a armadura caiu. Por causa disso, este filme vê uma Sam muito diferente, mais vulnerável”.

Como isso irá manifestar-se em parte em torno da relação de Sam com a sua irmã. “No final do último, Sam disse que não ia deixar Tara. E ela estava a falar a sério”, diz Barrera.

E, com todo essa história anterior, Barrera pôde explorar completamente a personagem. “Sam evolui neste filme”, diz Barrera. “Ela tem alguém de quem cuidar agora. E isso pode ser assustador. A forma como construí a personagem no último filme foi esta personagem muito guardada e fria que teve de se tornar dura porque essa é a única forma de ela ter conseguido sobreviver”.

De certa forma, o cenário do Gritos 6 (Montreal a parecer como Nova Iorque) pareceu um voltar para casa para Barrera. “Nova Iorque é uma das minhas cidades preferidas no mundo”, diz a velha estudante da NYU, que mais tarde voltaria à cidade para rodar Ao Ritmo de Washington Heights, um filme que ela diz ter sido um dos mais importantes na sua carreira até agora.

“Colocar o Ghostface numa cidade como Nova Iorque dá-nos muitos cenários icónicos. Temos de tudo, desde edificios altos a locais subterrâneos”, Barrera sorri. “É um filme de terror, mas há muita acção nele. Gritos 6 parece um pouco diferente do que já vimos antes – algo novo”.

E essa novidade é algo que Barrera diz que os co-realizadores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett ganharam o direito de gravar.

“No último filme, estávamos numa espécie de limbo”, diz Barrera. “Foi assustador. A missão era sempre fazer algo para honrar Wes Craven e deixá-lo orgulhoso. E, felizmente, havia muitas pessoas à volta que o conheciam, como Kevin Williamson, Courteney Cox, Neve Campbell e David Arquette. E eles deram o seu selo de aprovação”. A segunda vez, no entanto, é um desafio diferente.

“Com o privilégio de um sexto filme, a abordagem era mais: ‘Como fazemos isto outra vez, mas sem medo?”. Os resultados, diz Barrera, são nada menos do que espectaculares. “Acho que o Ghostface neste filme está no topo da minha lista de Ghostfaces. E eu acho que as pessoas vão ficar muito felizes. É um jogo diferente a ser jogado neste filme. Parece mais pessoal. E algumas das grandes matanças são de cortar a respiração”.

MASON GOODING é CHAD MEEKS-MARTIN

Chad Meeks-Martin é um jovem assombrado pela sombra de Ghostface. E o jovem que o interpreta também. “Escreves um ensaio na faculdade e não te apercebes que ele vai ficar contigo à medida que fores envelhecendo”, Mason Gooding ri-se. “Confiem em mim, é aterrador”. O ensaio a que Gooding se refere é mesmo que ele escreveu sobre o franchise de Gritos, na faculdade.

O ensaio era sobre como o franchise de Gritos deveria ser reiniciado, ainda antes desta nova série de filmes ser um brilho na lâmina do Ghostface.

“Quando escrevi aquele ensaio, o meu processo de pensamento foi mais sobre como poderia reimaginar o que tinha vindo antes”, ri-se Gooding. “Obviamente não sou tão brilhante como [os argumentistas] Guy e Jamie [Busick e Vanderbilt]. Para onde eles levaram esta franquia é um lugar que acho que ninguém viu chegar”.

Para ser justo, Gooding nem sequer devia estar aqui. Tal como o Dewey em Gritos em 1996, Chad foi originalmente destinado a morrer às mãos do Ghostface na sua primeira actuação. Onde Dewey sobreviveu graças a Wes Craven ter gostado tanto da personagem que filmou uma cena dele a ser levado para uma ambulância no final, também pelo carinho do público nos chamados visionamentos de teste públicos, Gooding ganhou o seu adiamento antes mesmo de começar a filmar.

“Não só Chad morreu, como eu assumi que o Chad morreu durante o processo”, ri-se Gooding. “Aterrei em Wilmington, Carolina do Norte, conduzi até ao escritório de produção para me adaptar. E eles trouxeram a camisa para destinada para a morte, ‘Então, é aqui que vais ser apunhalado. Esta camisa fica muito bem com sangue por todo o lado!’. Então um dos produtores passa, e pergunta se eu vi o novo guião. Eu disse, ‘Não, eu, eu ainda não tive oportunidade’. E ele disse: ‘Ora, bem. Agora sobrevives!””.

Para Gooding, que surgiu como o Nick em Booksmart: Inteligentes e Rebeldes, o facto de Chad ter sobrevivido na sua estreia significou o mundo. “Para um fã como eu, estar num filme Gritos ao lado de Kirby Reed [que regressa neste filme] é um sonho tornado realidade”, diz Gooding. “Mas também, estás a falar com alguém que cresceu com as actuações de Hayden Panettiere. Especificamente, existe um videojogo, chamado Kingdom Hearts [no qual Panettiere deu voz a Kairi]. E esse jogo foi a minha infância. Como um grande fã do jogo, eu era incapaz de esconder o meu fanatismo quando a conheci. Eu dizia: “Não sei se sabes isto, mas tu estavas neste jogo que eu adorava quando era criança…”.

Gooding acaba por se rir muito da memória. “Hayden olhou para mim e disse: ‘Nem precisavas de dizer isso. Eu sabia que ias mencionar isso”. Talvez seja porque sou muito sincero, ou talvez sejam as tatuagens por todo o meu corpo. Mas ela simplesmente sabia!”.

Onde Chad mudou desde o último filme, a cuidar da sua “família de sobreviventes”, como fã de Gritos, Gooding também não pode deixar de estar extasiado com a forma como o Kirby também mudou.

“Tal como a Hayden é na vida real, Kirby é implacável”, diz Gooding sobre uma das personagens favoritas dos fãs. “Ela foi esfaqueada por Ghostface antes. E se ela o conseguir evitar, não será esfaqueada novamente. Kirby está tão pronto para um encontro com Ghostface como qualquer um poderia estar…”.

JENNA ORTEGA é TARA CARPENTER

Um dos temas principais do Gritos 6 é o trauma. Como as pessoas seguem em frente, ou não, com os horrores do seu passado. E Tara Carpenter, interpretado por Jenna Ortega, tem mais traumas escondidos nas sombras psicológicas do que a maioria das pessoas. Em Gritos 5, Ortega quebrou a tradição do franchise ao sobreviver a um ataque selvagem no início do filme. Mas isso foi apenas o início.

“Ela está traumatizada”, diz Ortega, sobre a Tara que conhecemos não muito depois. “Ela tinha sido uma adolescente completamente normal até aquele momento, alguém que amava a vida, por isso, para que quase lhe fosse tirada é um soco no estômago”.

E depois há a Sam. “A associação de Tara à loucura através da sua irmã, que é alguém que ela ama tanto, mas que não conhecia muito bem durante algum tempo, é muito desconcertante”, diz Ortega. “Confrontar tudo isto seria esmagador para qualquer pessoa, e ela é apenas uma adolescente”.

No entanto, por mais que Tara sinta falta da vida antes de Ghostface, Ortega diz que a personagem não está prestes a deixar o que lhe aconteceu a consuma. “Ela está num lugar [agora] onde se recusa a permitir que lhe tirem mais da sua experiência como uma jovem mulher”, diz ela sobre Tara e a sua irmã e amigos, que entretanto se mudaram para a cidade grande.

“Deixar Woodsboro aumenta as cenas de perseguição e isola o grupo principal de uma forma que nunca vimos num filme de Gritos“, é como Ortega descreve o que o público pode esperar da mudança de local deste filme.

“Não conhecer ninguém, estar em território novo, acrescenta muita intensidade. O Ghostface é muito mais despreocupado neste local, e muitas outras pessoas inocentes estão em risco”.

Essa escalada é típica de um filme que se propõe tanto a encantar os fãs dos Gritos como a inovar no género.

“É Halloween em Nova Iorque”, diz Ortega sobre como a história se desenrola apenas semanas após a anterior. “E eu adoro mesmo esse aspecto do Dia das Bruxas. Podemos homenagear tantas lendas de terror com fantasias e a atmosfera, mas também a nossa lenda de Gritos, usando também uma velha fantasia barata de Halloween”, ri-se Ortega. “A audácia de tudo isto! Ser escarnecido por um assassino. Na sequência no comboio do metro [visto no trailer], onde há múltiplos Ghostfaces um pouco perto demais do grupo, é tão perturbador. Especialmente compreendendo que o verdadeiro pode ser aquele que está sentado ao teu lado, ou aquele que parece estar a olhar-te de lado no comboio…”.

Sufocada pela sua irmã superprotectora – “No último filme basicamente não houve conflito entre Sam e Tara”, diz Melissa Barrera sobre a sua relação, “e isso muda muito neste filme” – e enfrentar um Ghostface mais assustador do que vimos até agora significa que Gritos 6 está determinado a colocar Tara novamente na luta. É algo que a estrela da popular série da Netflix – Wednesday – está a abraçar.

“A possibilidade, e muitas vezes o resultado, de Ghostface poder ser uma figura significativa na tua vida, e ser traído por alguém em quem confias, é aterrador”, diz Ortega. “E agora que Ghostface ganhou notoriedade, inspirou uma ideia que talvez algumas pessoas não teriam considerado se não fosse por eles, é incrivelmente assustadora. Em Nova Iorque, não se sabe realmente se é um fã doente ou a tua família da cidade natal”.

JASMIN SAVOY BROWN é MINDY MEEKS-MARTIN

Pergunta a Jasmin Savoy Brown qual foi o seu dia preferido no filme anterior Gritos e não hesitará um unico segundo em dizer-te: “Filmar a cena do monólogo da Mindy foi um dos pontos altos da minha carreira até agora”, diz ela. “Houve tantos takes, mas foi muito divertido. Eu venho do teatro e parecia uma peça de teatro. Foi assustador, mas eu gosto de estar um pouco assustada”.

Jasmin foi um dos verdadeiros destaques do filme anterior. E aquele discurso deixou claro ao público que Mindy herdou um conhecimento fanático de filmes de terror do seu tio, o portador de regras, Randy Meeks, que foi interpretado por Jamie Kennedy em Gritos, Gritos 2 e – a título póstumo – em Gritos 3.

Mas em Gritos 6, Mindy não está apenas a enfrentar um Ghostface ressurgente. Ela também vai ficar cara a cara com uma personagem que lhe vai forçar a provar o que ela vale, quando se trata do próximo nível de conhecimento cinematográfico: a favorita dos fãs que regressa, Kirby Reed.

Kirby, interpretada por Hayden Panettiere, foi a fonte de todo o monólogo do filme em Gritos 4, a sequela em que Ghostface acabou por não conseguir acabar com ela. “E quando Mindy e Kirby se conhecem, temos basicamente um desafio de conhecimentos”, ri-se Brown. “São apenas pequenas perguntas para trás e para a frente, vendo quem é mais esperta, quem sabe mais. Acho que vem de sítios diferentes. Para Kirby, é: “Olá, já andei por aí”. E com a Mindy, é mais: ‘Não me conheces, senhora’. E eu não te conheço’. No final, acho que há algum respeito mútuo encontrado”.

Outra nota que Brown diz que os fãs devem ter cuidado é com o trabalho que ela e Mason Gooding (que faz de irmão gémeo de Mindy, Chad) têm feito para expandir a sua relação no ecrã. “Se prestares atenção, há muito mais coisas de gémeos neste filme”, diz ela. “Mesmo quando Mindy e Chad estão apenas no fundo do cenário, vais vê-los acenar a alguém exactamente da mesma maneira. Foi tão divertido coreografar tudo isso”.

Brown, que, como um ex-aluno de Yellowjackets, descreve Gooding como “a melhor animadora” quando se trata de manter vivo o grupo de mensagens de texto do elenco de Gritos, mesmo quando algumas das pessoas que nele estão já não estão nos próprios filmes.

“Sempre que alguém faz um grande projecto e há um anúncio na Variety ou no Deadline, ele é o primeiro a dizer parabéns”, diz Brown. “Todos nós ainda nos mantemos em contacto. Há alguns dias atrás, Sonia [Ammar], que interpretou Liv [que foi assassinada por Amber in Gritos 5], enviou uma mensagem ao grupo e disse: ‘Olhem, o meu aniversário está a chegar. Adorava que vocês estivessem lá”.

Mas sobretudo, Brown está encantado por estar a trabalhar numa série que funciona a muitos níveis. “Gritos está a abraçar o seu público estranho, obviamente, com a adição da Mindy, e pessoas de cor. Todos nestes filmes são intencionais na sua representação, determinados a contar uma história real”, diz ela.

“As mortes são realmente intensas. E estes tipos [co-realizadores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett] podem fazer filmes que são brutais”, diz Brown, “mas misturam-se com a verdade, e com a comédia”. As suas personagens são o coração palpitante destes filmes. Eles são realmente boas pessoas, e acho que isso transparece no seu trabalho”.

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