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Análise: The Magic Order – A Ordem Mágica

A Ordem Mágica

“The Magic Order – A Ordem Mágica”, publicado em Portugal pela G. Floy studio, foi escrito por Mark Millar – aliás, foi a sua primeira BD após ter assinado contrato com a Netflix – e tem a arte de Olivier Coipel (com cores de Dave Stewart), tendo sido publicado originalmente pela Image Comics.

A Ordem MágicaA ideia geral deste livro é muito simples e conta-se em poucas palavras: “A Ordem” é um grupo de pessoas com poderes mágicos que protege a Terra de ameaças sobrenaturais; mas existe um outro grupo de mágicos, completamente disfuncional, liderado pela psicopata Madame Albany, que lhe declara guerra, começando a matar os seus, um a um. Sim, há um motivo para tal, mas esta não deixa de ser uma história directa sobre vilões, a serem maus, contra um grupo de pessoas que, apesar dos seus defeitos, quer salvar a humanidade.

Nem por isso esta obra deixa de ser bastante interessante, pois leva o leitor numa viagem que tem tanto de exploração mística como de drama pessoal e familiar. Isto tudo regado com uma grande imaginação nos assassinatos dos mágicos, na capacidade de choque, através da escrita de Millar, mas também com o grande mérito da arte do ilustrador francês. Acreditem, até me fizeram soltar pelo menos um belo par de sonoros “ouch”. Além disso, não a deverão tomar por uma história tão linear quanto isso – leiam até ao fim para perceber o que digo.

A Ordem MágicaComo primeiro título pela toda-poderosa Netflix, esperava-se um pouco mais. É um produto muito bem feito, mas em termos de originalidade deixa um tanto ou quanto a desejar. Basicamente, é um pegar em outros títulos de Millar, como “Wanted” e “Kingsman”, e misturar com elementos  do universo “Harry Potteriano”. Quem não conhece (ou conhece pouco) o trabalho do argumentista escocês, irá ter uma experiência bem mais interessante, mas, para quem já o segue, seja pelas publicações importadas, como pelas publicações portuguesas da G. Floy Studio, já não ficará surpreendido.

Além disso, e apesar de um roteiro bem conseguido, temos aqui um punhado de personagens que mereciam mais páginas para se trabalhar e desenvolverem melhor. Estou certo de que se fizerem uma série baseada nesta BD poderão conseguir melhores resultados nesse sentido.

Não conseguindo o brilhantismo de trabalhos anteriores, Coipel faz também ele um trabalho positivo, faltando apenas aqui ou ali um pouco mais de detalhe nos cenários para causar um maior impacto visual.

Já o norte-americano Dave Stewart prova mais uma vez o seu notável talento, como um dos melhores coloristas de comics da actualidade.

A edição portuguesa da G. Floy tem a qualidade habitual desta editora, formato deluxe, capa dura, papel couchê e com uma legendagem que evoluiu positivamente nos últimos meses. No entanto, neste livro que temos, as primeiras 20 páginas parecem ter excesso de verniz (?) pois ficam algo coladas umas às outras, apesar de já as termos folheado umas 5 ou 6 vezes. São fáceis de descolar mas não deixa de ser um tanto ou quanto irritante e de nos colocar sempre com o medo que algo de mau vá acontecer. Mas esperamos que este seja caso apenas deste exemplar

O livro tem a data prevista de saída de 17 de Junho e custará 17€

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