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Análises BD: The Fade Out – Crepúsculo em Hollywood

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Falemos então de THE FADE OUT: CREPÚSCULO EM HOLLYWOOD, um “calhamaço” de 400 páginas da G.Floy Studio Portugal.

Primeiro há que dizer que o sub-título português não está a fazer nada no que diz respeito ao conteúdo. Aliás, eu li-o há já umas semanas, e quando voltei a pegar no livro para escrever este texto, é que me lembrei que tinha essa frase em português, pois tem tanto de subjectivo e desnecessário como de esquecível. Eu gosto, sempre que possível, que os títulos dos livros estejam traduzidos para português, mas basicamente toda a gente que veja cinema sabe que “Fade Out” é uma técnica de produção cinematográfica e radiodifusão em que uma imagem é feita para desaparecer gradualmente ou o volume do som é gradualmente diminuído para zero. E não é preciso ter um QI de génio para compreender o duplo sentido que é aplicado neste álbum. A única razão que vejo para tal é para alertar os compradores e vendedores que se trata de uma edição portuguesa. Ainda assim era preferível terem feito como no Miracleman em que usaram o expressão “Edição Integral”. Ou então usarem um título menos alegórico como “Crepúsculo em Hollywood”, e mais relacionado com o cinema, usando também o duplo sentido como os exemplos de “Cortina Final” ou “Cair do Pano”.

A história passa-se na segunda metade dos anos 1940, numa Hollywood cheia de vícios e aparências, e retrata a busca de um falhado argumentista de cinema, para resolver o mistério da morte de uma jovem actriz, uma estrela em ascensão, por quem ele sentia uma atração. A sua demanda mostra-nos o lado obscuro do cinema norte-americano e promove uma teia de tramas que nos confunde mas que ao mesmo tempo faz despertar o ‘Hercule Poirot’ que está dentro de nós.

Magistralmente desenhado por Sean Phillips, e com o sublime toque final da colorista Elizabeth Breitweiser, o livro termina ainda com um extenso caderno com 50 páginas de extras.

A pergunta que se faz é, vale os 35€? A minha opinião é: SIM. A versão de luxo original, tem menos 16 páginas e custa $49.99, mas não é só. É que The Fade Out tem vários aspectos de facto maravilhosos. Não só a arte e como a história é desenvolvida, mas também por ser basicamente um livro histórico, na medida em que Ed Brubaker tem mesmo o conhecimento de causa de como eram vividos aqueles tempos na “meca do cinema”, pois terá bebido em muitas histórias contadas pelo seu tio, John Baxter, um guionista de renome que inclusive foi nomeado para óscares.

No entanto, não quero deixar de salientar o quão o final me desiludiu. Não vou obviamente dar detalhes para não fazer spoilers, mas Brubaker foi pela via mais fácil, quiçá até desleixo. Estaria a contar fazer mais capítulos mas que por algum motivo não teve a oportunidade por expandir a série por mais uns comics? Não sei. Mas acaba por desapontar devido às altas expectivas que as mais de 300 páginas de enredo acabam por gerar.

Uma nota final para a irritante legendagem das caixas de texto que, alinhadas à esquerda, têm demasiadas palavras hifenizadas, sendo que a maioria perfeitamente evitáveis.

Argumento: Ed Brubaker
Arte: Sean Phillips
Editor: G.Floy
Argumento: 7
Arte: 9
Legendagem: 7
Encadernação: 10
Veredito Final: 8

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