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Análise: Era Uma Vez… em Hollywood!

Desde o seu primeiro filme, Cães Danados, Quentin Tarantino tem feito virar cabeças durante uma carreira de 18 anos, composto por agora 9 filmes, incluindo esta sua mais recente obra, Era Uma Vez… Em Hollywood.

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Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) e Cliff Booth (Brad Pitt) são os melhores amigos. Rick é actor e Cliff, o seu duplo. São inseparáveis. Mas Rick, após do estrelato da popular série de televisão Bounty Law, vê-se como um actor completamente falhado na sua transição para o cinema, limitando-se a conseguir pequenos papéis com pouca relevância para a sua reputação, e agora, forçado a ir a Itália para protagonizar spaghetti westerns. 
Num mundo curioso, Rick é também vizinho de Roman Polanski, numa altura em que o realizador era um dos mais importantes em Hollywood. A sua mulher é a actriz Sharon Tate (Margot Robbie). São pequenas coincidências que constroem Los Angeles de 1969, onde os perigos à espreita respiram personalidade.
É incrível a atenção do detalhe de Tarantino, onde literalmente tudo é visivelmente pensado ao mais ínfimo pormenor: desde a fotografia, à banda sonora, e aos diálogos decididamente memoráveis. Em menos de cinco minutos sentimos-nos verdadeiramente imersos nesta realidade, neste filme de história alternativa.
Serão naturais as comparações a Pulp Fiction, não só pelo seu brilhante elenco, como também pela quantidade de narrativas paralelas que decorrem nas duas horas e meia da película, a qual inclui a introdução da família de Charles Manson, o famoso líder do culto de morte, responsável por influenciar diversas pessoas em cometerem actos hediondos.
Era Uma Vez… em Hollywood não é o típico blockbuster, muito pelo contrário. É mais uma longa mostra de o que o cinema significa para Tarantino e a sua habilidade em recriar uma obra que visa preservar a ideia de viver um filme no grande ecrã. Pitt e Dicaprio é uma dupla que merecíamos já ter visto antes; Margot mostra-nos o seu lado mais Hollywood e as brilhantes aparições de Mike Moh como Bruce Lee e Margaret Qually como Cat, uma das seguidoras de Manson, garantem valiosos momentos de entretenimento. Esta é, sem dúvida, a derradeira carta da amor à 7ªArte, a qual Tarantino insiste que será o seu penúltimo filme antes de se retirar.
Por aqui, Era Uma Vez… em Hollywood poderia durar para sempre , sendo um dos raros momentos cinematográficos que a mestria de contar uma história com conteúdo e visivelmente apelativo, aliada ao grande ecrã, promete e cumpre ser uma das melhores experiências culturais de sempre e que deve ser apreciada mais que uma vez.
Nota Final : 10/10

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