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Análise BD: Quentin por Tarantino

A apresentação de “Quentin por Tarantino” contém linguagem pejorativa em inglês, mas é ficcionada e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, sigam a leitura por vossa conta e risco.

— Obrigado.

PS: Leiam com a banda sonora que disponibilizados aqui:

Intro :

Voice of: Samuel L. Jackson:

– Listen up you bitches! I´m gonna start talking my review on the Quentin By Tarantino Comic Book and you all gonna sit your fat ass and shut the fuck up.

If anyone of you mother fuckers move, I´m going to shoot you in the face or beat the shit out of your skull until your brains pop out and cover the floor in a cherry red blood Hallelluya!

And you know what? I fucking hate blood. It’s disgusting. It has germs, and I fucking hate germs. So, what I´m gonna do next is, to pick up my Holy bible, and by the fucking powers of Grayskull invested in me by the Loooooord Himself,I´m going to bring your dead ass back to life as zombies , and make you clean your own mess.

Página do interior de Quentin por Tarantino. Fonte: Edições ASAAnd I don`t mean clean Clean! I mean Clean Immaculate level shit you dumb fucks!

Damn boy, the floor has to be so clean, that when I see my reflection, I´m gonna be a white man with some butterflies, rainbows and unicorns behind my back.

It has to be so clean, that even Jesus,Mary and Joseph would like to come down from heaven to take a dump on this floor.

So pick up your fucking wallets, and buy the damn book.

Otherwise, I’m gonna be realy pissed, the shit is going to hit the fan realy fast, and me and my homie over here named Walther Magnum,we ́re gonna start preaching bullets like cheerios on a junkie meal . You all digging?

Now put two coins on the table for Caronte mother fuckers!!!

E assim se começa uma análise ” à la Tarantino”.

A editora ASA traz-nos Quentin por Tarantino, uma BD ou manta de retalhos em banda desenhada mais neste caso, sobre um dos mais geniais autores e realizadores de cinema que o cinema já nos proporcionou.

“Este livro mergulha no cérebro de Quentin Tarantino que, com a sua produtora de filmes independentes durante a década de 1990, realizaram uma verdadeira revolução no cinema. Tendo ganho fama internacional logo com as suas duas primeiras longas-metragens, Reservoir Dogs (1992) e Pulp Fiction (1994), premiado com a Palma de Ouro em Cannes.

Amazing Ameziane conta neste livro, e na primeira pessoa, a vida, os começos, filmes, influências e opiniões de um dos mais talentosos diretores e roteiristas contemporâneos. O estilo de Tarantino é inconfundível: diálogo elaborado, referências recorrentes à cultura pop, cenas altamente estéticas, mas extremamente violentas, inspiradas na exploração de filmes de artes marciais ou westerns spaghetti…

Este livro conta com os nove filmes já realizados por Tarantino, numa altura em que se aguarda com expectativa se ele realmente irá fazer o seu décimo e último filme.”

Esta sinopse faz uma apresentação na perfeição do que este livro nos traz.

Página do interior de Quentin por TarantinoCom efeito, o desenhador Amazing Ameziane (querem nome mais Tarantinesco?) faz um trabalho excelente na parte visual do livro, tornando-o muito bonito e diversificado como os personagens de Tarantino. Desde a infância do realizador, a momentos de bastidores em todos os filmes que este realizou e colaboração em muitos outros. Temos pessoas com quem trabalhou e pormenores deliciosos aquando o trabalho com diversos actores.

Os recursos usados por Ameziane (autor também de Cash cowboys e Clan) não param de surpreender, com imensas homenagens e “easter eggs” a obras como Sin City, de Frank Miller, ou às tiras cómicas como as de Calvin and Hobbes, de Bill Watterson, ou talvez seja as de Charles Schulz e os seus Peanuts.

Outra presença no livro é a de Robert Rodriguez com quem Tarantino trabalhou em muitos filmes e cuja visão cinemática é também muito fora da caixa e extraordinária, mas o foco é mesmo ao percorrer a galeria dos seus espetaculares filmesReservoir Dogs Pulp FictionJackie BrownKill BillDeath ProofInglorious BasterdsDjango UnchainedThe Hateful Eight e Once Upon a Time in… Hollywood.

Qual destes, é o vosso preferido? Eu gosto de todos. Pois são todos geniais.

Reservoir Dogs e a sua máfia de assassinos. Pulp Fiction e as suas histórias cruzadas “back and forward” mirabolantes. Jackie Brown e o empoderamento feminino aquando o narcotráfico dos anos 90. Kill Bill é a carta de amor aos filmes antigos de kung fu e actores míticos como Bruce Lee. Death Proof como um série B bem fatela cheio de horror com mulheres atraentes condenadas. Inglorious bastards com a segunda guerra mundial de pano de fundo e uma tentativa de assassinato de Hitler maravilhosa. Django e Hateful Eight como homenagem aos western Spaghetti de Sergio Leone entre outros com cowboys à italiana aos tiros onde brilhavam nomes como o Clint Eastwood ou noutra vertente o Terence Hill, etc. Já o último filme, traz-nos os bastidores do cinema de Hollywood e uma grande performance de Di Caprio e Brad Pitt.

Podemos ver um excelente trabalho de investigação e análise biográfica de Tarantino por parte do artista, demonstrando muita versatilidade nos recursos estéticos do desenho. Com efeito, não deixamos de ser surpreendidos de página em página com visuais muito diferenciados e com desenhos de qualidade que incutem ao leitor todo o envolvimento dos filmes de Tarantino.

Quentin por TarantinoO que sempre adorei no realizador é que ele cria os seus personagens de uma forma impressionante, pois não elabora apenas o seu boneco, mas toda a sua forma de pensar, o jeito como fala, os trejeitos físicos, a forma como se vestem e até mesmo a marca e cor da roupa interior que usa se necessário. Qualquer secundário tem um background , uma história de vida ou vivências que catapultam o personagem para outro patamar e faz- nos aprofundar e envolver no filme de uma maneira muito mais imersiva e atraente.

No que diz respeito à edição, falamos de uma capa mole com papel de qualidade no interior, boa impressão e encadernação, com guardas e contracapa feitas com muita originalidade que facilmente transformam o objecto livro, numa peça de coleccionismo muito bonita.

Leitura recomendadíssima.

Boas leituras.:

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