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Análise BD: A Noiva de Lucky Luke

A personagem mais famosa do autor belga de banda desenhada, Morris, voltou neste verão. O álbum foi lançado em Julho deste ano, mas terá sido uma boa aposta da ASA?

A Noiva de Lucky LukeA Noiva de Lucky Luke representa originalmente o número 54, mas na colecção portuguesa recebeu o número 24. A editora nacional tem alterado muito a numeração original, mas não sei o motivo ou o propósito para tal. Para mim serve apenas para confundir o leitor.

Este álbum era ainda inédito pela ASA, mas já tinha saído pela Meribérica em 1996. No último comunicado de imprensa foi-nos dito que irão gradualmente completar a coleção do lendário cowboy que dispara mais rápido do que a própria sombra. Esperemos que os próximos lançamentos não demorarem tanto tempo quanto tivemos de esperar por este “A Noiva…” pois o ritmo tem estado muito lento.

Guy Vidal é o argumentista deste álbum e após chegarmos ao fim só podemos perguntar “Por que raio é que ele não escreveu mais livros do Lucky Luke”? A história é divertidíssima do princípio ao fim, com um humor que nos faz lembrar os bons velhos tempos de Goscinny. Confesso que já não me divertia tanto com um álbum do Cowboy há já muito tempo.
Além disso toca em alguns temas como a homossexualidade ou a igualdade da mulher na sociedade. Sendo o livro originalmente de 1985, podia não estar muito de acordo aos olhos dos dias de hoje, mas consegue fazê-lo com bastante subtileza e graça.

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O título do álbum acaba por ser um pouco “click bait” ou neste caso “buy bait”, pois nos primeiros dois actos da história, Luke é um guia e protetor de um grupo de mulheres que fazem uma travessia do continente americano até ao Oeste Selvagem, mais propriamente uma pequena localidade chamada Purgatory cuja população é apenas composta por homens, com o intuito de encontrarem a sua alma gémea. É só no terceiro acto é que o título começa a fazer sentido com o azar de Jenny que vê frustrada a sua tentativa de arranjar marido até vir o nosso cowboy salvar o dia.

Com os desenhos do bom velho Morris, Guy Vidal escreve uma grande e divertida aventura que recomendo a todos os que não tem a versão da Meribérica.

O único ponto negativo vai para o papel de baixa gramagem usado na edição, e da consequente cor esbatida.

Argumento: Guy Vidal
Arte: Morris
Editor: Asa
Argumento: 9
Arte: 9
Legendagem: 8
Encadernação: 6 (capa dura, formato franco-belga)
Veredito Final: 8,5

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