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Ronda de Análises: Red Colony, Sally Face e Atlas Rogues

Hoje trazemos mais uma ronda de análises a videojogos. Aqui, iremos apresentar entre três a cinco jogos, e pequenas análises sobre os mesmos. Os jogos desta vez serão Red Colony, Sally Face e Atlas Rogues.

Red Colony (Nintendo Switch, PC)

Red Colony

Red Colony é um dos jogos de terror que temos nesta ronda de análises. Este e o próximo jogo a aparecer na lista, Sally Face, têm logo uma coisa em comum: são em 2D e acabam por ter de alguma forma alguma ênfase no point-and-click.

A história que nos é contada é sobre um cientista que ao fazer testes com ADN, acabou por injectar um vírus letal nos seus colegas, transformando-os em mortos-vivos. A única que se safou foi Maria, que agora anda em busca da sua filha numa colónia cheia de segredos.

Se há algo interessante em Red Colony, é mesmo como conseguiram integrar o survival horror, um género que ganhou destaque na era 3D, num formato como o 2D. Sim, nós estamos a ser perseguidos por mortos-vivos, mas, também temos poucas armas ao nosso dispor e as que temos, poucas balas têm. É preciso saber puxar pela cabeça para orientar todos estes processos. Mesmo que o horror não seja desconhecido do 2D, acaba por ser interessante ver como funcionaria um Resident Evil neste formato, por exemplo.

Red Colony

O que me deixou um pouco de pé atrás, além da história básica, foi mesmo onde realmente se inspiraram. Grande parte é inspirado em material ecchi, tentando mostrar ao máximo o corpo da personagem. Aliás, quando somos atacados vamos perdendo pedaços de roupa. Penso que seja desnecessário, mas, ao mesmo tempo acaba por trazer uma essência diferente ao jogo. Tenho, no entanto, que dar destaque ao ambiente que é fantástico. Mesmo que não consiga trazer muito a sensação de medo, acaba por tentar o que já é bom o suficiente, conseguindo por vezes dar um uso à luz e cenário para sustos fáceis.

Resta concluir que, a premissa de Red Colony já foi bastante utilizada, mas desta vez é vista numa nova perspetiva. Os fãs de survival horror têm aqui uma proposta, se estiverem à procura de algo novo.

Nota Final: 6/10

Sally Face (Nintendo Switch e PC)

Sally Face

Sally Face, tal como já disse anteriormente, é um jogo de terror em 2D com algumas propriedades de point-and-click. No entanto, esta edição na Nintendo Switch é especial. Quando o jogo fez sucesso entre Youtubers e Streamers, este estava a ser lançado em episódios e, neste caso, jogamos a obra completa logo de uma só vez.

A trama anda à volta de um rapaz que tem uma prótese na cara, enquanto ele utiliza uma consola de videojogos para falar com mortos e aprender a sua história. Com a ajuda dos seus amigos, Sal tem de descobrir o que realmente há de sinistro na sua cidade.

Uma história estranha certo? Mas pensem que tudo é estranho neste jogo, especialmente se tivermos em conta que a inspiração principal são desenhos animados da década de 90, onde existiam alguns bastante sinistros e bizarros, além dos pesadelos do desenvolvedor. No entanto, acaba por ser a história que nos puxa para o jogo, não são os barulhos estranhos, as personagens bizarras ou até mesmo a jogabilidade interessante. É mesmo a história que vai acabar por nos fazer pensar inúmeras vezes nela, mesmo quando não estamos a jogar.

Sally Face

Por outro lado, é bom dar destaque ao facto de ter sido apenas um desenvolvedor a criar toda esta obra, incluindo os gráficos (que têm um aspeto velho) e a própria música sinistra que vamos ouvindo ao longo da nossa aventura com Sal.

Resta concluir que, agora entendo todo o burburinho que existiu à volta de Sally Face. Realmente faz todo o sentido e coloca jogos como os da série Five Nights At Freddy’s num canto, se formos a ter em conta como se entranha em nós. Além disso, jogá-lo de uma só vez é uma experiência completamente diferente do que estar à espera do lançamento dos episódios, pois assim não nos perdemos nesta história arrepiante.

Nota Final: 8/10

Atlas Rogues (PC)

Atlas Rogues

Finalmente, gostaria de vos falar de Atlas Rogue. Voltamos novamente aos roguelike (sim mais um!) mas desta vez com uma jogabilidade diferente e noutra plataforma, diferente da que estou habituado a jogar este tipo de jogos.

No entanto, mesmo dizendo que a jogabilidade é diferente, não quer dizer que o jogo sem propriamente bom. Especialmente porque o que Atlas Rogues se propõe é uma mistura entre roguelike e jogos de estratégia como X-COM, onde temos várias batalhas táticas e podemos perder os nossos companheiros, no entanto, se perdemos, temos que voltar ao início.

Atlas Rogues

Neste jogo, temos várias personagens para recrutar de forma a recuperar as chaves de Reactor dos malvados Trusts. Isto se tivermos uma ligação à Internet, porque grande parte do jogo, mesmo sendo para um jogador pede essa ligação. Existem também modos online, que vão tendo pessoas, mas ao mesmo tempo continua bastante fraco.

Resta concluir que, Atlas Rogues traz personagens interessantes e uma jogabilidade diferente. No entanto, o jogo perde-se completamente e acaba por não ser a melhor abordagem e torna-se assim, apenas mais um jogo roguelike.

Nota Final: 5/10

António Moura

Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.

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