Central Comics

Banda Desenhada, Cinema, Animação, TV, Videojogos

Jogos: Empyreal – Análise

Empyreal faz uma entrada ousada no mundo dos RPGs de ação, mas tropeça na sua própria ambição logo à partida.

Empyreal

Jogo: Empyreal
Disponível para: PC, PlayStation 5, Xbox Series
Versão testada: PlayStation 5
Desenvolvedor: Silent Games
Editora: Secret Mode

Empyreal

Desde o início, Empyreal parece um MMO disfarçado. O seu centro de operações é uma vasta área povoada por NPCs tão distantes entre si que é difícil não pensar que este mundo foi originalmente concebido para dezenas de jogadores, e não apenas um. Personagens como o ferreiro, o vendedor com ares de barman e o ex-guerreiro rabugento dão alguma cor ao ambiente, mas estão demasiado dispersos e desligados para formarem um elenco verdadeiramente envolvente.

A narrativa também soa a mero adorno — um glossário elaborado de nomes e fações que nunca chega verdadeiramente a ancorar o jogador. És um mercenário ao serviço de “a Companhia”, a ajudar um homem chamado Morys Lovell a explorar o enigmático Zigurate. Soa grandioso no papel, mas, na prática, serve apenas de pretexto para mergulhar numa sucessão de masmorras temáticas em busca de loot.

Empyreal

O combate é claramente o foco principal, permitindo trocar de classe ao mudar de arma — lança, canhão ou maça com escudo —, complementado por habilidades especiais e consumíveis. O sistema é flexível e as explosões de loot são satisfatórias, mas há uma certa imprecisão nos controlos que prejudica o impacto. Sem um sistema de lock-on e com esquiva e defesa atribuídas ao mesmo botão, os combates muitas vezes descambam em confusão desordenada.

Apesar disso, Empyreal tem os seus momentos. Os níveis, repletos de segredos, interligam-se frequentemente de forma engenhosa, e os combates contra bosses são bem desenhados e brutais. Um modo New Game+ acrescenta longevidade, permitindo revisitar os quatro quadrantes do monólito com novos poderes e acesso a áreas anteriormente inacessíveis.

Empyreal

Em última análise, Empyreal é um jogo de contradições — ambicioso mas disperso, inventivo mas derivativo. Não lhe falta charme nem potencial, mas, tal como está, é uma base sólida à procura de uma identidade mais definida.

Nota: 5/10

António Moura

Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Verified by MonsterInsights