Dias-a-Fio, de Alexandre Piçarra – O novo volume da Colecção CCC
O novo volume da Colecção CCC traz-nos “Dias-a-Fio”, da autoria de Alexandre Piçarra, vencedor do concurso “Toma lá 500 paus e faz uma BD” 2024.
A obra será lançada no dia 26 de abril, às 15h, na livraria Tinta nos Nervos, com a presença do autor, do editor Marcos Farrajota e de José Smith Vargas (membro do júri e também autor). A sessão será acompanhada por uma mostra de originais da banda desenhada.
Este é o 28.º volume da Colecção CCC, uma iniciativa que tem vindo a destacar novos talentos da BD portuguesa, publicada com o apoio da Chili Com Carne. A edição de “Dias-a-Fio” apresenta-se em formato 16,5x23cm, com 80 páginas impressas a azul, e em brochura.
Narrativas Urbanas e Emoções à Flor da Pele
“Dias-a-Fio” é uma sequência de episódios que colocam diferentes personagens em situações emocionalmente intensas, revelando as fragilidades individuais e sociais do quotidiano. O cenário é a cidade de Lisboa, entre as décadas de 1990 e 2010, e os eventos retratados são sombras de realidades vividas — fragmentos da juventude urbana portuguesa.
Ao longo das páginas, cruzamo-nos com um elenco que poderia muito bem ter sido avistado nas ruas da capital: putos, chungas, betinhos, punks, bófias e, claro, muito tabaco. A obra expõe com crueza os efeitos colaterais de um sistema social falho, que deixa emergir julgamentos, culpa, castigo, humilhação e violência como parte integrante do crescimento e da convivência urbana.
Estética Crua e Narrativa Fragmentada
Com um estilo gráfico cru e direto, e com o uso mínimo de balões e texto — fruto da dislexia persistente do autor —, a narrativa de “Dias-a-Fio” destaca-se pela sua visualidade expressiva. Alexandre Piçarra, formado em Escultura, trabalha atualmente em part-time e desenha nos tempos livres, tendo já participado em fanzines como Invasão e no jornal Carne Para Canhão.
A obra foi descrita pelo artista Nunsky como:
“Dias-a-Fio fuma-se como um charro ou tabaco de enrolar, daqueles que se tem de reacender amiúde e que no final deixam um travo amargo nos lábios. São pequenos retalhos da infância e adolescência em ambiente urbano, ilustrados cruamente sem peneiras e em que o percurso existencial dos protagonistas é certeiramente simbolizado pelo cinzeiro que se vai enchendo de beatas.”
Abril 2025, 80p. 16,5x23cm impressas a azul, brochado
PVP: 10€
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.