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Cinema: Crítica – Velocidade Furiosa: Hobbs & Shaw (2019)

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A saga Velocidade Furiosa está agora a celebrar o seu 18º aniversário com Velocidade Furiosa: Hobbs & Shaw, um spin-off que utiliza o bromance entre o vilão-tornado-aliado, Deckard Shaw (Jason Statham), e o super agente com músculos, Luke Hobbs (Dwayne Johnson) iniciada em Velocidade Furiosa 8, sendo essa a grande desculpa para iniciar esta nova aventura que não conta com nenhuma participação de Vin Diesel.

Quando Hattie (Vanessa Kirby), irmã de Shaw, obtém um vírus mortal, ela é perseguida pelo todo-poderoso Brixton (Idris Elba), um homem com modificações corporais que lhe tornam no “Super-Homem negro”. Forçados a trabalharem juntos contra este mal maior, Hobbs e Shaw terão que fazer tudo para que Brixton não chegue ao seu objectivo, custe o que custar.

O que segue é uma narrativa repleta de momentos nonsense, onde as leis da física são inteiramente ignoradas para o nosso entretenimento. Temos visto uma influência tecnológica nesta saga, que lhe está a afectar fortemente, vindo já de filmes anteriores com a adição da hacker Ramsey no sétimo filme e Cipher no oitavo (e pelos vistos aparecerá no nono no próximo ano). Tudo isto para dizer que Brixton é capaz de ser um dos melhores vilões da saga e, ao mesmo tempo, o menos apreciado, pelo que as suas motivações não são bem explicadas de início, fora o tradicional ir contra a lei e os nossos heróis, pelo que gostaríamos ter visto mais. Não só sobre o que o compõe, como todo o culto tecnológico que o rodeia.

Entretanto somos confrontados com inúmeras sequências, onde a certo ponto fazem este spin-off parecer uma paródia doutros filmes recentemente lançados, ao quase copiar coisas dos vários filmes de Missão: Impossível e Deadpool, este último mais óbvio devido à realização estar a cargo de David Leitch, que também realizou o segundo filme do anti-herói da Marvel. É algo que, francamente, se torna irritante nas pouco mais de duas horas de filme, com a rivalidade entre os dois machos no centro da história, ao ponto de arriscarem o destino do mundo pelo seu orgulho.

Por outro lado, a adição de Hattie é das mais interessantes, com Vanessa Kirby a continuar a sua linha de sucesso, depois de uma grande prestação em Missão: Impossível – Fallout. São, essencialmente a mesma personagem, mas com mais tempo de antena e rouba constantemente o espectáculo. Algo curioso, considerando que o filme é sobre dois brutamontes…

É fácil dizer que este spin-off é exactamente aquilo que esperávamos dele, acabando por desapontar pela sua falta de originalidade, não só numa narrativa de escala global sem a participação da equipa do costume, e consequentemente, a inexistência duma dinâmica mais divertida; mas também pela percepção exagerada que Hobbs e Shaw são capazes de segurar um blockbuster sozinhos, baseando apenas na sua suposta química. Spoiler alert: Não são.

Que seja esta a prova que devemos ter uma noção maior das personagens antes de tomar medidas drásticas, muito porque Shaw, agora tornado aliado, ainda não respondeu pela morte de Han, uma das personagens verdadeiramente amadas da saga. Já se dizia que de boas intenções está o inferno cheio.

  • Velocidade Furiosa: Hobbs & Shaw estreia a 1 de agosto nos cinemas

Nota Final: 5/10

Ricardo Du Toit

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