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Cinema: Crítica – Stuber (2019)

David Bautista e Kumail Nanjiani são a dupla improvável de Stuber. 11 de julho nos cinemas.

Motivado pela morte da sua parceira, Sara (Karen Gillan), o polícia de L.A., Vic (Bautista), prende-se nesta investigação implacável pelo assassino da mesma. Ao encontrar novas pistas decide dirigir-se a Compton, mas os seus problemas de visão impedem a sua independência. Decide então alugar um Uber, dirigido por Stu (Nanjiani), com o qual terá uma aventura arriscada em que os dois irão descobrir novas faces de si mesmos.

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Stuber tem assim uma narrativa básica, num registo buddy-cop em que só um é o cop e o outro se foca no comic-relief. O primeiro contacto entre as personagens tem uma sensação forçada em que se nota uma pressa em juntá-los o mais rápido possível para assim entrarmos verdadeiramente no tema humorista do filme.

Nas palavras de Vic, esta é a noite de Stu no deserto em que se tornará num verdadeiro homem, havendo assim uma certa crítica à extrema masculinidade tóxica de certos indivíduos como Vic, mas também ao receio constante que as pessoas têm em tomar decisões com Stu.

Isto tudo parece muito alegre e bem encaminhado até que entramos nos diálogos cómicos e ações dos mesmos, cujos estão recheados de uma infantilidade extrema que se torna entediante. Primeiro, devido à sua falta de visão inicial, Vic dá-nos o típico humor de “queda” em que uma personagem está sempre a ir contra a alguma coisa, ou a cair ou constantemente confuso acerca do seu redor, um humor completamente ultrapassado desde a época de Adam Sandler.

Segundo, Stu possui um humor frustrante e recheado de exagero com momentos bastante inadequados ou demasiado prolongados que arruínam as poucas falas originais e divertidas que possui. O seu desespero em subir a sua pontuação como Uber cativa-nos a ver a sua vida melhorar, tal como a relação com a paixão da sua vida que só lhe telefona quando se sente triste, mas o constante diálogo infantil, seja sobre sexo ou a violência ao seu redor, conciliado a uma narrativa previsível, acaba por nos oferecer um filme dispensável.

Em suma, Stuber tem os seus bons momentos de comédia, ação e química entre os protagonistas, mas infelizmente são maiores os maus do que bons. Contudo, é um filme que entretém facilmente os fãs do género com ainda alguma moralidade pelo meio acerca de parentalidade, individualidade ou, inesperadamente, amor por cães.

  • Stuber estreia a 11 de julho nos cinemas.

4/10

Tiago Ferreira

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