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Cinema: Crítica – 21 Pontes (2019)

O cinema de acção com histórias originais q.b. têm visto um ressurgimento como não se via desde dos anos ’90, contidos na sua duração e sem intenções de criar franquias para se estenderem durante os próximos anos. Talvez um dos grandes líderes dessa altura fora o produtor Jerry Bruckheimer, que definiu actores como Nicholas Cage, Will Smith, John Travolta, entre muitos outros, como os grandes heróis. Hoje, o panorama é diferente e após o enorme sucesso de Vingadores: Guerra do Infinito e Vingadores: Endgame, a dupla de Joe e Anthony Russo produz 21 Pontes, um filme que mostra que Chadwick Boseman é muito mais que um vingador.

Andre Davis (Boseman) é um detective de Nova Iorque, que segue as pegadas do seu pai, morto durante o serviço. Com uma bússola moral a guiar as suas acções, Andre é posto sob investigação mais uma vez, já por ter mais 8 mortes causadas durante a sua carreira. Do outro lado da cidade, dois criminosos, Michael Trujillo (Stephan James) e Ray Jackson (Taylor Kitsch) assaltam um bar, surpreendidos por encontrarem 300 quilos de cocaína. As coisas correm mal quando a polícia aparece e é morta num tiroteio com os dois assaltantes. Cabe agora a Andre investigar a morte dos seus colegas e ordena que fechem as 21 pontes que dão entrada e saída da ilha de Manhattan, até que os criminosos sejam capturados.

Pondo de parte o facto que a produção do filme demorou tanto tempo que o título original era 17 Pontes, existe aqui um filme com um nível aceitável de entretenimento sem grandes pretensões de ser algo super misterioso ou intrigante. Estamos perante um filme onde cada reviravolta, por mais previsível que seja, tem o objectivo único de mover com a história. Mesmo momentos em que parece encaminhar por um caminho inteligente, os mais atentos rapidamente apanham a ideia que é revelada mais tarde, felizmente sem o espectador sentir que foi roubado. Para melhor ou pior, esta estreia de Brian Kirk no cinema não é de todo má, já que realizou diversos episódios de séries de televisão com elemento cinemáticos, como Luther e Game of Thrones.

A narrativa, não apresentando nada de novo, dá um foco maior às personagens, sobretudo a Boseman que mostra uma postura calmamente agressiva na sua busca pela justiça, acompanhado pela detective de narcóticos Frankie Burns (Sienna Miller), que apesar de não serem inteiramente compatíveis, mal também não fazem. É de mencionar que J.K. Simmons também integra o elenco como um dos capitães da polícia a gerir o caso, mas a sua aparição não é explorada ao nível do seu talento.

Assim, 21 Pontes traz para 2019 todo um estilo adaptado do cinema de acção feito há 20 anos, onde vemos Chadwick Boseman a ser, o que esperemos nós, um dos nomes associados a heróis de acção modernos fora da esfera de super-heróis, num filme com um aproveitamento aceitável.

Nota Final: 7/10

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