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Cinema: Crítica – Um Trabalhador Implacável

O que acontece quando um ex-militar é pedido para retomar uma vida de violência para salvar uma vida? Essa é a pergunta que deixa Um Trabalhador Implacável, que chega esta semana ao grande ecrã.

Jason Statham é hoje considerado um dos maiores actores de cinema de acção da actualidade. Inicialmente descoberto por Guy Ritchie, que o incluiu em duas das suas primeiras longas-metragens, Statham acabou por descobrir a fama imparável em Correio de Risco – o seu primeiro “filme emprego” que acabaria por, certo modo, definir a sua carreira, para melhor ou pior. A sua colaboração com David Ayer, em 2024 com Beekeeper – O Protector, parece der dado o passo para que a sua mais recente estreia, Um Trabalhador Implacável, vejamos o potencial de uma criação de uma espécie de universo de filmes improváveis, onde a dupla explora a personagem-tipo de trabalhar no duro.

Conhecemos Levon (Statham), um ex-comando da Marinha britânica que hoje vive uma vida pacata como trabalhador na construção. Este vê-se no meio de uma situação complicada, quando a filha dos seus patrões é raptada, implorando que ele recorra às suas capacidades letais para a trazer de volta, custe o que custar; acabando por revelar uma conspiração de corrupção governmental dentro do tráfico humano.

Considerando que o filme é baseado no livro de Chuck Dixon – livro este que tem várias sequelas já publicadas – estamos perante um filme tradicional filme de acção onde Statham faz o que faz muitíssimo bem, que é andar à tareia e aos tiros, de forma imparável até cumprir a sua missão. Esta é toda ela decente e competente, há momentos de verdadeiro entusiasmo em ver alguém causar uma dor justa á outra, no âmbito do bem versus o mal; contendo um certo charme que apenas Ayer e Statham podem dar.

No meio de um panorama cinematográfico, onde grande orçamentos criam verdadeiros espectáculos de som e visuais, é positivo que ainda hajam oportunidades para um simples filme de acção com o único propósito de entreter, e fazê-lo de uma forma sólida e sem grande pompa e circunstância. Apenas duas horas de porrada justa, pipocas e um refrigerante, o que soa a uma tarde perfeita.

Com isto, Um Trabalhador Implacável cumpre exactamente as expectativas que cria de imediato, oferecendo uma experiência aceitável, ainda que não mais além. Não é um filme marcante, muito menos memorável, mas é admirável pela sua génese daquilo que o cinema de vez em quando nos traz de forma repetida: uma estrela de acção, a fazer coisas de filme de acção, com uma personagem que tem que voltar à acção quando só quer viver a sua vida pacata. O mais curioso, é que a linha entre o grande ecrã e o directo-para-streaming (antigos directo-para-DVD), é cada vez mais ténue, sendo mais díficil a sua distinção.

Nota Final: 5/10

Ricardo Du Toit

Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.

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