Bilheteiras: sequelas conquistam
O segundo fim de semana de dezembro confirmou uma tendência clara nas bilheteiras portuguesas: Zootrópolis 2 continua a dominar sem esforço, enquanto as novas estreias revelaram dificuldades em mobilizar o público. Entre 11 e 14 de dezembro, o top 10 foi ocupado sobretudo por títulos já em circulação, com poucas surpresas e uma quebra visível no impacto das novidades. As salas de cinema aguardam pela chegada do blockbuster deste Natal, o terceiro capítulo de Avatar.
No topo da tabela, Zootrópolis 2 manteve-se líder destacado, somando 44 925 espectadores no fim de semana e elevando o total para 241 713 bilhetes vendidos em apenas 18 dias. A sequela da animação da Disney confirma-se como o grande fenómeno da temporada natalícia, atraindo famílias e público jovem com uma consistência rara no atual panorama exibicional.
Em segundo lugar, Five Nights at Freddy’s 2 registou 16 478 espectadores no fim de semana, alcançando 65 001 bilhetes vendidos em 11 dias. Apesar da quebra face à estreia, o filme de terror continua a beneficiar da popularidade da saga entre o público adolescente, garantindo a melhor média de espectadores por ecrã.
A fechar o pódio surge Mestres da Ilusão: Nada é o Que Parece, que contabilizou 14 540 espectadores no fim de semana e atingiu um acumulado de 99 116 bilhetes vendidos em 18 dias. O thriller do ilusionismo mantém um desempenho estável, apoiado no apelo do elenco e no reconhecimento da marca de entretenimento junto do público adulto.
No quarto lugar, Nuremberga reuniu 13 628 espectadores entre 11 e 14 de dezembro, somando agora 40 235 bilhetes vendidos em 11 dias. O drama histórico continua a captar a atenção de um público mais maduro, interessado na recriação história e curioso pelo desempenho sólido do elenco.
Em quinto lugar, Wicked: Pelo Bem registou 4 839 espectadores no fim de semana, elevando o total para 105 876 bilhetes vendidos em 25 dias. Apesar de já mostrar sinais de desgaste, o musical mantém-se como um dos títulos mais resilientes desta fase do ano.
A sexta posição foi ocupada pela reposição de Shining, de Stanley Kubrick, que atraiu 2 727 espectadores no fim de semana de regresso às salas comerciais. O clássico de terror protagonizado por Jack Nicholson voltou a provar a sua força intemporal, beneficiando do interesse renovado do público por grandes obras do cinema.
Na sétima posição, a estreia de Vida Privada reuniu 2 260 espectadores no fim de semana de estreia. O thriller psicológico realizado por Rebecca Zlotowski, com Jodie Foster no papel principal, entrou de forma discreta no circuito comercial português, refletindo as dificuldades do cinema europeu em competir com produções mais mediáticas.
Logo atrás surge Reais Palermas, também em estreia, com 1 914 espectadores no fim de semana. A nova comédia francesa da família Tuche voltou a apostar no humor popular e no choque cultural, mas arrancou com números modestos nas salas nacionais.
Em nono lugar, Eternity – Para Sempre somou 1 729 espectadores no fim de semana, perfazendo 7 405 bilhetes vendidos em 11 dias. A comédia romântica manteve-se discreta, sem conseguir ganhar tração significativa junto do público.
A fechar o top 10, O Agente Secreto registou 1 647 espectadores no fim de semana, atingindo um acumulado de 46 849 bilhetes vendidos em 43 dias. O filme continua a beneficiar de uma presença prolongada em cartaz, sustentada por um público curioso pela atenção que o filme brasileiro vai recebendo nesta época de prémios.
Fora do top 10, várias estreias dividiram a atenção dos espectadores. A estreia comercial – 25 anos depois – de Balas & Bolinhos atraiu 1 310 espectadores em três dias, confirmando o apelo do fenómeno português de uma saga de sucesso que se iniciou com este filme. Já o slasher natalício Noite de Amor, Noite de Terror contou 1 226 espectadores no fim de semana de estreia, enquanto De Bicicleta reuniu 333 espectadores, Tony, Shelly e a Magia do Natal somou 245 entradas, e o documentário Orlando Pantera alcançou 402 espectadores no arranque.
Os cinemas portugueses somaram 114 720 espectadores.
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.
