Les Nuits en Or: regressa o melhor das curtas-metragens
De 2 a 4 de junho, Lisboa será palco de uma celebração única do melhor da curta-metragem mundial. O Cinema São Jorge acolhe a edição portuguesa de “Les Nuits en Or”, uma iniciativa da Académie des César, organizada em Portugal pela Academia Portuguesa de Cinema, que reúne anualmente as curtas-metragens distinguidas por Academias de Cinema de todo o mundo — incluindo os César, Oscar, Goya, BAFTA, Sophia, David di Donatello, Magritte, entre outros.
Com entrada gratuita (limitada à lotação da sala), o programa inclui 32 filmes premiados em sessões diárias às 19h00 e 21h30, permitindo ao público português aceder a obras que dificilmente chegariam ao circuito comercial.
Entre os destaques da seleção deste ano está 2720, do realizador Basil da Cunha, representante nacional após vencer o Prémio Sophia de Melhor Curta-metragem de Ficção. Filmado no bairro da Reboleira, 2720 retrata com crueza e sensibilidade a vida na periferia, através do cruzamento de uma criança à procura do irmão desaparecido e de um ex-recluso em busca de redenção. O realizador estará presente na sessão de 2 de junho, às 19h00, para apresentar o filme e conversar com o público.

Destacam-se outras utras curtas da programação:
I’M NOT A ROBOT (EUA): Uma mulher confronta-se com a perturbadora ideia de que pode ser uma máquina, num olhar inquietante sobre identidade e desumanização.
MARIUPOL. A HUNDRED NIGHTS (Ucrânia): Um tributo doloroso à infância perdida durante a guerra, evocando a resistência e o luto em tempos de destruição.
THE MAN WHO COULD NOT REMAIN SILENT (França): Inspirado numa história verídica, retrata a coragem de um homem comum face à violência paramilitar, num poderoso apelo à responsabilidade individual.
THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO (Brasil): Um raro mergulho no mundo espiritual yanomami, unindo cinema e sabedoria ancestral, numa ode à cultura indígena e à preservação das suas vozes.

“Les Nuits en Or” é mais do que um festival de cinema: é uma janela para novos olhares, linguagens e geografias cinematográficas, e um espelho das preocupações universais que atravessam os criadores contemporâneos. Conheça o programa aqui.
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.