James Bond: próximo filme tem realizador!
A espera terminou. Após meses de especulação, foi anunciado oficialmente que Denis Villeneuve, o aclamado realizador de Dune: Duna, O Primeiro Encontro e Blade Runner 2049, irá dirigir o próximo filme de James Bond — marcando um novo capítulo na longa e prestigiosa história do agente secreto mais famoso do cinema.

O anúncio foi feito pela Amazon MGM Studios, que também confirmou Tanya Lapointe como produtora executiva, juntando-se à nova dupla de produtores principais, Amy Pascal (Challengers, Homem-Aranha no Aranhaverso) e David Heyman (Barbie, Gravidade). Trata-se da primeira produção Bond desde que a Amazon adquiriu os direitos da franquia, afastando os históricos produtores Barbara Broccoli e Michael G. Wilson num acordo avaliado em cerca de mil milhões de dólares.
Denis Villeneuve, assumidamente fã de longa data da saga 007, partilhou o entusiasmo em comunicado:
“Algumas das minhas primeiras memórias no cinema estão ligadas ao 007. Cresci a ver os filmes de James Bond com o meu pai, desde o 007 – Agente Secreto com o Sean Connery. Sou um fã incondicional de Bond. Para mim, ele é território sagrado. Pretendo honrar a tradição e abrir caminho para muitas novas missões. Esta é uma responsabilidade imensa, mas também incrivelmente entusiasmante para mim — e uma enorme honra. Eu, a Amy e o David estamos absolutamente entusiasmados por trazê-lo de volta ao grande ecrã. Obrigado à Amazon MGM Studios pela confiança.”

A agenda de Denis Villeneuve está mais preenchida do que nunca, refletindo o estatuto de um dos realizadores mais requisitados da actualidade. Para além de Bond 26, Villeneuve tem em desenvolvimento Dune: Messiah, a muito aguardada continuação de Dune: Parte Dois, que promete encerrar a sua visão da saga de Paul Atreides. Paralelamente, prepara a ambiciosa adaptação de Rendezvous With Rama, clássico de ficção científica de Arthur C. Clarke, e uma reinterpretação épica de Cleopatra, centrada na mítica rainha egípcia. Mais recentemente, associou-se também a Nuclear War: A Scenario, um projeto baseado no livro de Annie Jacobsen que explora em detalhe um cenário realista de guerra nuclear.
Bond com alma?
A escolha de Villeneuve representa não apenas uma mudança de realizador, mas uma rutura com a fórmula tradicional. A sua filmografia — marcada por uma combinação de escala épica e introspeção emocional — aponta para um 007 potencialmente mais vulnerável, complexo e moderno. Desde Casino Royale (2006), com Daniel Craig, que a saga vem explorando um Bond mais humano e autoconsciente. Villeneuve poderá levar essa abordagem a um novo patamar.
Sem as regras rígidas dos Broccoli (como “Bond nunca dispara primeiro” ou “há sempre três Bond girls”), o novo filme poderá ousar narrativamente, possivelmente revisitando as origens do agente ou até explorando o trauma subjacente à sua personalidade fria e letal.
Villeneuve, que já afirmou admirar o mistério como motor criativo — “Adoro quando as ideias são tão misteriosas que perdes o equilíbrio” — poderá vir a assinar o filme mais psicológico da série. Ou, pelo contrário, optar por um Bond mais enigmático, à imagem da personagem de Benicio Del Toro em Sicario – Infiltrado, que esconde a dor sob uma máscara de contenção absoluta.

Um novo ciclo
Ainda não há título oficial nem confirmação de quem vestirá o smoking de 007. Mas sabe-se que a produção deverá arrancar no verão de 2026, com estreia mundial prevista para o outono de 2027.
Villeneuve promete honrar o passado e preparar o futuro da saga. Resta saber se este novo Bond irá salvar o mundo — ou a si mesmo.
Ele costuma sobreviver. Mas agora, talvez, finalmente viva
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.