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Cinema: Crítica – Karate Kid: Os Campeões

Depois do fim de Cobra Kai, eis que chega uma nova aventura no universo de Karate Kid, com o novo filme Karate Kid: Os Campeões.

Longe vão os dias que davam os filmes do Karate Kid – em Portugal traduzidos para Momento da Verdade – aos fins de semana. Ou talvez não assim tão longes, quando olhamos de perto para a programação de alguns canais de cabo que ainda passam, assumidamente, os clássicos do cinema. A popularidade de Cobra Kai na Netflix tem garantido que a saga mantenha a sua memória viva, oferecendo uma continuação orgânica das personagens, enquanto homenageia tudo aquilo que os filmes são. Mas foi preciso ir mais longe, com um novo filme, Karate Kid: Os Campeões.

Três anos depois dos eventos do final de Cobra Kai, conhecemos Li Fong (Ben Wang), um jovem que é obrigado a mudar-se para Nova Iorque com a sua mãe, e assim recomeçar a vida, longe do Kung-Fu, tendo sido mentorizado por Mr. Han (Jackie Chan). Durante a sua adaptação à grande cidade, o mesmo conhece Mia (Sadie Stanley), e a sua família dona de uma pizzeria local, acabando por se dar com a competição dos Cinco Bairros, onde os melhores karatecas poderão competir por um prémio em dinheiro.

Ainda que não muito longe do legado de Karate Kid, a sua ligação com Daniel LaRusso (Ralph Macchio), que faz uma aparição, como também o regresso de Jackie Chan no mesmo papel do filme de 2010 – filme este que continuamos activamente a ignorar – oferece uma grande dose de nostalgia, enquanto se esforça para trilhar a sua própria história com o apoio destes dois grandes mestres.

Na verdade, não existe nada ofensivo na forma que o filme existe dentro da saga, mesmo tendo uma abordagem formulaica, onde tudo vai se desenrolando como previsto. É no entanto um filme que oferece entretenimento puro e acessível, aproveitando a temporada para dar seguimento após os eventos de Cobra Kai, cujo final da série foi em Fevereiro.

Aqui temos um pouco de tudo: drama, comédia, romance e artes marciais, todos eles em doses equilibradas e com o seu papel a cumprir, mas não lhe teria feito mal correr alguns riscos, sobretudo se este filme tem a intenção de ser o primeiro do próximo passo a continuar a saga, se os deuses de Hollywood assim o permitirem.

No fim, Karate Kid: Os Campeões é um filme fácil de desfrutar, ainda que não apresente nada de novo, o mesmo também não corre numa direcção de ser básico ou desinteressante, contendo alguma garra e uma vontade de ser uma entrada positiva numa saga adorada por muitos, que poderá ser a porta de entrada para um público novo.

Nota Final: 6/10

Ricardo Du Toit

Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.

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