Crítica BD – “Tropicária” Vol.2
As aventuras de Hokui e dos seus companheiros continuam neste segundo volume recheado de surpresas na Ilha de Tropicária!
Ciente aos pedidos dos fãs, a editora Midori já adaptou este segundo volume a português de Portugal.
Este segundo volume é menos doce, é antes, mais conflituoso. O jovem Hokui, junto com Míron, Suy e Kindel, sente de perto a luta contra a Abrahadabra, nesta nova entrada as ameaças e os pesadelos tornam-se realidade.
Esta organização vil, que está de olho nos segredos valiosos que envolvem os antepassados da ilha, prova-se um adversário persistente, introduzindo assim novos vilões e surgindo, simultaneamente novos heróis para lhes fazerem frente.
Hokui tentará detê-los, enquanto tenta descobrir o enigma da sua própria origem.
Apesar de um enredo de diversos mistérios e calamidades, a comédia constitui um ponto central nesta obra, o cómico de situação é exemplar e acrescenta uma maior humanidade à BD, isto aliado a um desenho que vai brincando com os traços e com as reações mais sérias e mais disparatadas das personagens, torna-se um vínculo muito interessante e coeso entre imagem e texto.
O universo de “Tropicária” promete. É uma obra que nos relembra que as desvantagens geram criatividade, cada página é uma ode ao coletivo, à união, à entreajuda face às desigualdades e problemas crescentes. A ilha é um símbolo de rigor e não há melhor trunfo do que esse.
Da autoria e ilustração do brasileiro Edson Masakiro, natural de Sergipe, Brasil, é designer gráfico que se dedica atualmente na criação das suas séries de mangá.
Começou a criar as suas primeiras histórias aos quadradinhos em 2001, altura em que teve o seu primeiro contacto com os famosos mangá japoneses. Aceitou juntar-se na aventura de publicar a sua primeira obra “Tropicária”.
Autor: Edson Masakiro
Ilustração: Edson Masakiro
Género: Banda Desenhada, Aventura, Ação, Juvenil
Editora: Midori Editora
Argumento: 7
Arte: 8
Legendagem: 5
Veredito final: 7
Atriz e professora. Da marginalidade à pureza gosto de sentir tudo. Alcanço o clímax na escrita. Sacio-me com a catarse no teatro. Adiciona-se uma consola, um lightsaber, eye makeup quanto baste e estou pronta a servir.*De fundo ouve-se Fix of Rock’n’Roll, de The Legendary Tigerman*