Crítica BD – A Raposa e o Pequeno Tanuki Vol.2
“A Raposa e o Pequeno Tanuki“ que conta já com cinco volumes lançados no Japão, tem vindo a ter uma crescente popularidade no ocidental, tendo sido traduzido para várias línguas, como o inglês e o francês, pelas suas personagens carismáticas que representam figuras importantes da mitologia japonesa, com uma história de adoçar o coração recheada de aventuras e drama, e claro, aspetos da cultura japonesa.
Continua em Portugal pela editora Midori, a obra está disponível no site da mesma e nas livrarias nacionais.
Neste segundo volume, o Manpachi e o Senzou separaram-se após discutirem. Pensando que o Manpachi tinha voltado sozinho para casa, o Senzou fica preocupado quando não o encontra. Dúvidas e ansiedades disparam nesta busca.
Esta jornada é apaixonante pela sua inocência, simplicidade narrativa e estilo visual. O livro traz consigo valores essências para a formação pessoal, em todas as páginas e não desilude. Dispõe muitíssimo bem os temas pelo argumento.
A ilustração é ótima, o traço elegante de Tagawa, a forma como dá vida aos seus personagens, a elegância e expressividade que coloca no desenho dos seus animais.
A edição é de boa qualidade, excelente papel, mas falha pelo espaço muito curto das pranchas na encadernação, que dificulta a leitura.
As personagens prosseguem os seus caminhos de amadurecimento, dói, custa, faz retornar memórias do passado menos simpáticas, traumas, mas também disso somos feitos. De acontecimentos feios, sem ou por nossa culpa. É belo ver uma obra que traz isso à tona, sem ressentimentos, sem rancores, projetando futuros. Simples assim. Fantástico assim.
Mi Tagawa é uma mangaka japonesa com vários livros publicados, tais como A Raposa e o Pequeno Tanuki (Korisenman / こりせんまん), Chichikogusa / ちちこぐさ ou Mugi no Mahoutsukai / 麦の魔法使い.
Autor: Mi Tagawa
Ilustração: Mi Tagawa
Género: Manga, Fantasia
Editora: Midori
Argumento: 8
Arte: 9
Legendagem: 6
Veredito final: 8
Atriz e professora. Da marginalidade à pureza gosto de sentir tudo. Alcanço o clímax na escrita. Sacio-me com a catarse no teatro. Adiciona-se uma consola, um lightsaber, eye makeup quanto baste e estou pronta a servir.*De fundo ouve-se Fix of Rock’n’Roll, de The Legendary Tigerman*