Análise Livro: “A Senhora do Lago”(Parte um) – Raptos sem data e sem mapa
“A Senhora do Lago” – parte um, é um romance escrito por Andrzej Sapkowski e publicado originalmente em 1999. É o sétimo livro da série The Witcher.
Andrzej Sapkowski, natural da Polónia, é um aclamado autor de fantasia, conhecido pela saga The Witcher e pela criação da personagem Geralt de Rivia.
A saga literária The Witcher foi traduzida para vinte línguas e inspirou uma série de videojogos de grande fama que vendeu mais de 20 milhões de cópias no mundo inteiro. A adaptação para série de TV chegou à plataforma Netflix em 2019, e já tem a segunda temporada confirmada.
Este universo fantástico criado por Sapkowski com claras influências na mitologia eslava, brinca continuamente com o sentido das coisas e dos seus significados – nem tudo o que é mais horrendo é de facto um monstro e nem todos os que aparentam ser anjos garantem uma aura angelical.
Em a “A Senhora de Lago” as peripécias da farsa e da realidade permanecem, Yennefer está presa, Geralt passa o inverno sob o feitiço de Fringilla, enquanto que Ciri é projetada para um espaço paralelo ao entrar em contacto com o portal da Torre da Andorinha. O seu brinde deturpado é ficar cativa, no domínio do elfo Avallac´h, a sua única hipótese de libertação é conceber um filho com o Rei dos Amieiros. As chances de fuga para Ciri estão excecionalmente bem limitadas, uma vez que o tempo segue outras coordenadas neste novo local, parece ser uma matéria inexistente.
Ora como seguir uma rota até casa se as estrelas não se movem?
O Volume VII desta saga relaciona perfeitamente emoção e ação, tudo é imprevisível – de acordo com o estilo de The Witcher, os paradigmas são baleados aqui, o autor aposta num baralho de cartas com muitas surpresas e poucas desilusões no que toca ao trajeto de cada personagem. Ficamos a conhecer uma sátira que goza com os seus próprios ideais fantásticos e mitológicos, sempre na corda bamba do elogio e do escárnio. A violência está fisicamente e psicologicamente balançada com a bondade, contudo é óbvio que a última resiste a muitas armadilhas e só aparece para os leitores mais atentos.
As lamentações que tenho a registar incluem a pouca participação de Yennefer, apesar dos seus problemas, no enredo desta obra, assim como as passagens de Geralt por algumas terras, que se revelam como descrições de cenário vazio e enchimento para insuflar o livro. Importa relembrar que esta é apenas uma parte da trama completa… De qualquer forma é giro perceber que “A Senhora do Lago” contraria os seus antecedentes oferecendo mais spotlight a novas personagens, bem como com uma abordagem mais cómica relativamente às encruzilhas fatídicas e pouco recomendáveis dos protagonistas, em lugares e horários diferentes e que, no entanto, tão similares nas sensações e sentimentos de forasteiros.
Género: Fantasia, Ficção
Editora: Saída de Emergência
Veredito final: 8
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Eu achei um “encher chouriço” e li-o na diagonal… Aliás, o extraordinário primeiro volume, na verdade não teve continuação nos seguintes, tendo descambado numas questiunculas politicas entre humanos e feiticeiros, com uma relação lésbica pelo meio….
Eu já estou numa fase em que quando a coisa é parva demais, já nem leio. Mas esta séria ainda assim conseguiu que a lesse na totalidade, mas, sobretudo o ultimo, já foi lido muuuito na diagonal…
Talvez já tenha lido demasiadas séries de Sword&Sorcery…. Aliás comecei a Shannara e desisti ainda no principio do primeiro livro…